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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Abandonado à própria sorte, à margem da Avenida Luís Eduardo Magalhães, um bebê recém-nascido, ainda com o cordão umbilical e placenta, nasceu duas vezes nesta segunda-feira. Deixado para morrer em local deserto, pouco após o parto, o bebê foi salvo graças à boa vontade de heróis anônimos do cotidiano.

O quadro de saúde do bebê, até a madrugada desta terça, era grave. Ele ocupa uma encubadora na unidade semi-intensiva neonatal do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). O recém-nascido chegou à unidade com parada cardiorrespiratória, apresentando hipotermia (temperatura corporal baixa) e hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue). Pela tarde, sofreu uma segunda parada. Segundo os médicos, o bebê chegou ao hospital com menos de uma hora de vida, pesando apenas dois quilos e com sinais de prematuridade.

Caixa de papelão - O gari José Euclides varria o canto da calçada, na Avenida Luís Eduardo Magalhães, ontem pela manhã, quando, em torno de 9 horas, avistou uma caixa de papelão, deixada numa ribanceira, próxima a um matagal do 19º Batalhão de Caçadores (19BC), ao lado de um prato de barro comumente usado em oferenda de fiéis do candomblé. Ele se deparou com um recém-nascido dentro da caixa, envolto em um lençol ensanguentado.

José Euclides acenou para o primeiro carro da polícia que passou pelo local. O agente do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de prenome Ivan acionou a Central de Telecomunicações da Polícia pelo rádio do carro. Instantes depois, a equipe de reportagem de A TARDE, que passava pelo local casualmente, resolveu verificar o que estava acorrendo. Ao saber que se tratava de um recém-nascido e que ele ainda respirava, os jornalistas resolveram pedir socorro à central do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).

Enquanto uma ambulância não chegava, a médica Ana Gabriela Lyrio, da central de regulação do Samu, passava a um repórter por telefone as orientações para manter o bebê vivo. Ela pediu que tentasse manter a criança aquecida, usando um pano seco, para que ele não morresse de hipotermia. A essa altura, várias guarnições da Polícia Militarjá tinham chegado no local e o grupo de curiosos começava a aumentar.

Um motociclista se prontificou a desembrulhar o rescém-nascido do lençol. Com ajuda do mototaxista Valnei Barreto Moura e do soldado PM Edson Santos Pedreira, o desconhecido retirou o bebê do pano ensaguentado, tirou a camisa que estava vestido e enrolou o neném. Assim que o bebê foi retirado do lençol, abriu berreiro como se estivesse nascendo novamente e emocionou a todos.

O policial carregou o recém-nascido até o carro, sendo então levado para o Hospital Geral Roberto Santos, no bairro do Cabula.

Heróis anônimos - O motociclista que tomou a iniciativa de resgatar o bebê foi embora sem esperar reconhecimento. O gari José Euclides apenas retomou o trabalho, voltando a varrer a avenica em silêncio. José Euclides não quis sequer revelar o nome para equipe de A TARDE, que precisou telefonar para a empresa de limpeza pública Jotagê para descobrir a identidade do funcionário. Ele é pai e trabalha há cerca de seis anos na Jotagê. Quando perguntado sobre a sua mais recente condição de herói, ele, sem dar muita importância, voltou ao trabalho.

O soldado PM Edson Pedreira, que também ajudou no resgate do bebê, tem quatro filhos, e disse que pensou até em adotar o recém-nascido que ajudava a salvar. “Quando nós desenrolamos o bebê do lençol e ele começou a chorar, eu fiquei muito emocionado. Tenho 21 anos na polícia e nunca presenciei uma situação dessa”, admitiu o militar, lotado na Ronda Escolar.