sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Criança se recupera bem e ganha presentes de Natal no Hospital
Radiografia apontou presença das agulhas espalhadas pelo corpo do garoto“A mãe da criança pede que agradeçamos os gestos de solidariedade das pessoas”, disse neste sábado, 24, a psicóloga do Hospital Ana Neri, Renata Matos. Segundo ela, o menino de 2 anos que passou, na quarta-feira, pela segunda cirurgia para remoção de agulhas, depois de ser internado com cerca de 30 dos objetos dentro do corpo, brinca e responde bem aos estímulos, sinal de que sua recuperação corre a bom termo.
O médico Francisco Reis informou que a última das operações, que retirará objetos alojados no canal medular da criança, será realizada na próxima semana.
Comunicação do hospital dá conta de que o menino passa pelo sexto pós-operatório da cirurgia na região do coração, de onde foram retirados quatro objetos, e o primeiro da operação abdominal de anteontem, de onde foram removidos 14 objetos, entre agulhas e fragmentos. Ele passa bem, respira sem ajuda de aparelhos, não apresenta febre e já começou a se alimentar via oral.
As boas notícias coincidiram com a chegada de diversos presentes. “As pessoas estão ajudando muito. Toda hora chegam brinquedos, roupas e cestas básicas”, informou um funcionário.
Mulher - Uma mulher de 42 anos atendida no dia 20 de dezembro pelo Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), no Rio Grande do Sul, tem 12 agulhas dentro do corpo há pelo menos dois anos.
O caso foi constatado em exames preparatórios para uma cirurgia na coluna em 2007. Surpresa, ela procurou explicações com o companheiro, com quem vivia em Santa Catarina. “Ele disse que queria me ver aleijada para ficar dependente dele. As agulhas fariam parte de um ritual de magia. Ele contou que me dopava”, narrou, com a voz distorcida e o nome omitido, em entrevista à RBS TV, quarta-feira passada. O casal se separou depois da descoberta.
No domingo, com dores, ela procurou o hospital e fez exames, que voltaram a mostrar os objetos próximos ao pescoço e no abdome. Os médicos entenderam que as agulhas, alojadas em regiões gordurosas, não ameaçam órgãos vitais, optando pela prescrição de analgésicos e alta.