quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Datafolha aponta reeleição de Wagner no 1º turno,mas Geddel e Souto sobem
A pesquisa Datafolha divulgada nesta terça, 22, sobre as intenções de voto para o governo do Estado da Bahia em 2010 foi motivo para discursos otimistas dos três principais candidatos ao cargo, o governador Jaques Wagner (PT), o ex-governador Paulo Souto (DEM) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB).
Num primeiro cenário, Wagner teria 39% das intenções de voto, contra 24% de Souto e 11% de Geddel. Todos os quatro cenários da pesquisa apontam vitória de Wagner em primeiro turno, mas todos crescem em relação à última pesquisa Datafolha, com variações de Souto (+5%) e Geddel (+3%) maiores que a de Wagner (+1%).
“Chegando Natal e final de ano, a gente recebe uma notícia dessas com alegria, mas com cautela, pois a pesquisa é uma fotografia do momento”, declarou o governador, por meio de áudio enviado pela assessoria do governo. O petista ressaltou que se sente estimulado para trabalhar e manter estes números até 3 de outubro de 2010, “quando a verdadeira pesquisa, que é a eleição, vai acontecer”.
Wagner entende que os números da pesquisa são motivados pelo reconhecimento da população ao trabalho realizado em três anos de administração. Já o terceiro colocado e maior desafeto de Wagner, Geddel Vieira Lima, se diz também “feliz e otimista”, sem dispensar críticas ao desempenho do governador.
“Ele está em dificuldades em qualquer parâmetro. Está paradão, apesar de toda a propaganda enganosa, até de que vai fazer ligação de Itaparica à lua sem pedágio”, ironizou o peemedebista.
Geddel aponta que Wagner caiu também em relação à pesquisa Campus. “Se era verdadeira, ele caiu nove pontos”, avaliou o ministro. Afirmando estar surpreso com seu desempenho, ele reiterou que deixará em abril a pasta da Integração Nacional.
Esperançoso, o ministro cita os cenários de dezembro de 2005 – quando Souto tinha larga vantagem sobre Wagner – e de 2007 – quando João Henrique parecia não ter chances de reeleição em Salvador – para dizer que sua crença na vitória não é loucura.
Cautela - Mais cauteloso, o ex-governador Paulo Souto (DEM) diz que os números apontam real possibilidade de êxito das candidaturas de oposição. “Se fizermos as comparações possíveis, temos a situação de um governo que ficou parado em um ponto”, mencionou. Ele acrescenta que, para um candidato que está no poder e é candidato declarado à reeleição, Wagner tem um desempenho fraco. “A esta altura, eu tinha 55% das intenções de voto. Isto demonstra que grande parte da população não está disposta a votar neste governo”, avaliou Souto.
O chefe da Agecom, agência de comunicação do Governo, Robinson Almeida, entende contrariamente, que o cenário é favorável à vitória no primeiro turno de Wagner, mas ele não quis arriscar a hipótese como certeza, em virtude dos embates que devem ser mais acirrados.