O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), que vai disputar o governo da Bahia em 2010, negou nesta quinta-feia, 24, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o tenha advertido sobre as consequências dos embates que vem tendo com o governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição.
A preocupação do presidente teria sido manifestada no jantar de fim de ano que Lula ofereceu a seus ministros, na terça-feira. De acordo o jornal o Estado de S.Paulo, o presidente pediu a Geddel “que não estique a corda” na disputa com o governador baiano Jaques Wagner (PT).
Geddel garante que o presidente e ele não tiveram nenhuma conversa a respeito. “Isso é flor de recesso (natalino). Não têm o que falar, ficam plantando notícia”, disse o ministro. “Não houve nada, absolutamente”, assegurou, informando que chegou e saiu do jantar junto com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP).
Atrapalhar - Lula, segundo a reportagem, acha que a “queda-de-braço baiana está passando dos limites”. O presidente teme que as brigas entre o PT e PMDB local prejudiquem a candidatura da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto. É na Bahia que a ministra tem seu melhor desempenho nas pesquisas e ultrapassou o governador de São Paulo José Serra, pré-candidato do PSDB.
O último confronto Geddel e Wagner ocorreu no domingo, na convenção estadual do PMDB, na qual compareceram o pré-candidato do DEM, o ex-governador Paulo Souto, o deputado federal ACM Neto (DEM) e o senador César Borges (PR-BA), todos adversários políticos do governador.
Na ocasião, diz a reportagem, Lula teria telefonado a Wagner para saber o que estava acontecendo. Na véspera da convenção, Geddel ameaçou vistoriar obras em Lauro de Freitas, antes de serem inauguradas pelo governador . O ministro, que não foi convidado, disse que as obras foram financiadas pelo seu ministério. A prefeita Moema Gramacho (PT) garante que as obras são do PAC, com recursos do Ministério das Cidades.