Em discurso proferido no Recanto Tamarindo, na cidade de Santa Bárbara, na noite de quinta-feira (10), o prefeito de Feira de Santana, Tarcisio Pimenta (DEM), teceu duras críticas ao governador Jaques Wagner e ao Partido dos Trabalhadores.Pimenta disse que se dependesse do governo estadual, ele estava liquidado e não poderia se quer sair às ruas, pois "o povo iria me perguntar cadê às obras e eu não saberia responder".
Usando uma palavra popular, Tarcisio repetiu a expressão, referindo-se a falta de investimento do estado, "se dependesse do dinheiro do estado, eu estava arruinado".Segundo o prefeito, o PT é bom fora do governo, pois com mandato "não vai nada para lugar nenhum", falou Pimenta para uma platéia de 500 pessoas que estavam reunidos atendendo ao convite do líder político Nilton César Estrela de Menezes.
Ainda sobre o Partido dos Trabalhadores, Pimenta falou não atender a reivindicação do povo e que são bons para criticar. Citando a necessidade da retomada do poder pelo Democratas e os partidos aliados, o prefeito de Feira de Santana pediu ao povo mais atenção na hora do voto e não votar pela ansiedade de mudança.
Segundo ele, depois da gestão do PT, aumentou a violência e a Bahia supera o Rio de Janeiro. A saúde tem deixado a desejar e "tivemos que atender em Feira de Santana uma pessoa de Santa Barbara com queimadura no dedo, pois aqui (Santa Bárbara), não tinha médico", concluiu dizendo que o povo esta se "acudindo" com chá.
Lembrando o slogan utilizado pelo ex-governador Waldir Pires, Pimenta disse que é necessário "mudar a Bahia" e convocou Paulo Souto a ser candidato a governador para "consertar o estado".Nos últimos noventa dias, o prefeito Tarcisio Pimenta estava ausente das reuniões nos municípios nos arredores de Feira de Santana e ao participar do encontro em Santa Bárbara, fez um discurso fervoroso.
Tarcisio com Wagner - No mês de agosto o prefeito de Feira de Santana foi recebido em audiência pelo governador Jaques Wagner e discutiram ações nas áreas de habitação, educação, infraestrutura e segurança, resultando em um conforme acordo de parceria entre o Governo do Estado e a prefeitura municipal, firmado no dia 25 de agosto.
Naquele dia, Wagner disse que Feira de Santana é o segundo maior município do estado e que era a segunda vez que se reunia com o prefeito, que apresentou pleitos administrativos que vão ser atendidos. "Em habitação, por exemplo, estamos preparando a construção de 200 casas populares. Também vamos viabilizar a construção da Avenida Nóide Cerqueira, que é um sonho da população e já tem o dinheiro previsto no orçamento, por meio de uma emenda de bancada", garantiu o governador.
Também ficou acertada naquela data uma parceria em segurança pública. A prefeitura vai contribuir com oito carros e o Governo do Estado com pessoal. As equipes vão atuar na zona rural da cidade. Em Educação ficou acertada a construção, ainda este ano, de duas escolas. Os terrenos, nos bairros de Viveiros e Jaguara, foram cedidos pela prefeitura e a obra é de responsabilidade do estado. Uma terceira unidade aguarda a confirmação de localização para ser anunciada.
Ao sair da audiência, Tarcisio Pimenta avaliou como positiva a postura do governador, que garantiu apoio para suprir as necessidades de Feira. "É a segunda vez que sou recebido para resolver problemas administrativos, nós temos demandas nas áreas de habitação, infraestrutura, educação e com certeza essas questões vão ser resolvidas o mais rápido possível", disse Pimenta.
Quem intermediou a reunião foi o deputado Zé neto (PT) e na ocasião ressaltou que, independente de posição partidária, parcerias como essa são importantes. "É preciso entender que palanque tem hora. O prefeito Pimenta é do Democratas (Dem), o governador e eu somos do PT, isso não muda nada. O que a população espera dos políticos é maturidade para entender que na parceria, na combinação de esforços, na busca de soluções compartilhadas, chegamos às melhores soluções", refletiu.
