O vereador Marialvo Barreto (PT), autor de uma denúncia contra o serviço clandestino de segurança realizado no distrito de Maria Quitéria, no plenário da Câmara Municipal, no início deste mês, prestou depoimento na segunda-feira na 2ª Delegacia. O edil foi intimado com o objetivo de ajudar a polícia nas investigações acerca de uma eventual ligação entre a vigilância clandestina e a chacina ocorrida recentemente na localidade.
“Eu falei a polícia aquilo que já havia dito anteriormente no plenário da Câmara. Não tenho como fazer qualquer vínculo com alguma chacina daquilo que eu disse na Câmara. Mas falei ao delegado todas as informações que ele me pediu. As iniciais das pessoas que citei, os nomes das empresas de segurança que a comunidade me deu”, revelou em entrevista ao repórter Ney Silva, da Rádio Sociedade de Feira.
O edil também revelou que se sente ameaçado após as denúncias. “Eu tenho sim os nomes guardados, em mais de um lugar, até mesmo pela minha própria segurança. Tenho anotações e cópias espalhadas por alguns lugares por uma questão da minha própria segurança, porque eu me sinto um pouco ameaçado. Pessoas me ligando me mandando ter cuidado. Não tenho mais coragem de ir na minha roça à noite e durante o dia nunca vou só”, revelou.
Entretanto ele diz que se sente tranqüilo em estar ajudando o trabalho da polícia. “Alguns amigos que tinham me ligado antes dizendo que a segurança estava boa, agora estão também demonstrando sua preocupação. Isso é muito importante porque a gente não pode operar milícias com nome de segurança. Porque o formato que eu vi lá é de milícia. E isso não pode acontecer, porque justiça não se faz com as próprias mãos”, aponta.