sábado, 30 de janeiro de 2010
Ataque tricolor ganha reforço, mas cobra por melhor assistência
Depois de 19 gols marcados nos dois jogos-treino da pré temporada e oito nas duas partidas iniciais do Campeonato Baiano, o tricolor vive nova fase. No Ba-Vi, nenhuma chance foi criada e, contra o Madre de Deus, o Bahia, apesar da fragilidade do adversário, levou pouco perigo. Não por acaso passou em branco em ambos os duelos.
Se o zagueiro Vágner destaca-se com três gols anotados, o ataque do Esquadrão dá vexame. Dos oito tentos, contribuiu com apenas um, pelos pés do garoto Wilson Júnior. Os outros vieram do lateral-esquerdo Ávine, do volante Leandro e dos meias Abedi e Mauricio.
Titular desde o clássico, Rodrigo Gral tem produzido bem menos do que se esperava, já que o próprio técnico Renato Gaúcho o aponta como um dos “diferenciados” da equipe. Ao ser questionado se já está se cobrando por ainda não ter balançado a rede, o atacante exige apoio dos companheiros. “Eu sempre me cobro, mas é difícil fazer isso se a bola não chega. As oportunidades estão sendo escassas e eu não tive nenhuma”, afirmou.
E Gral ainda deu um recado para os garotos da meiúca. “A nossa equipe é muito jovem e, às vezes, o jogador quer correr mais do que a bola, resolver tudo sozinho. Assim, as coisas não andam”, concluiu.
Neste domingo, 31, às 16 horas, em Pituaçu, contra o Bahia de Feira, ele terá a companhia de Edilson na frente e o habilidoso Rogerinho vindo de trás. “Acho que a equipe vai deslanchar. É preciso ter jogadores com esse peso”, disse Gral. Com isso, quem pode perder espaço é o meia Mauricio, de 19 anos, único que vem sendo preservado de críticas por parte da torcida.
Apesar da proteção, o jovem falha ao prender demais a bola e não é tão preciso na hora de passá-la. Atingido indiretamente pelas críticas de Rodrigo Gral, ele não deve jogar também por conta de uma contusão no pé. Abedi, outro que não vem agradando, forma dupla de armadores com Rogerinho.
Rafael preservado - O técnico Renato Gaúcho não confirmou, mas o lateral-direito Rafael, pior em campo em todas as partidas do Bahia até o momento, perderá a posição.
“No ano passado, Rafael só atuou duas vezes e esse é o problema. Ele joga muito mais do que vem jogando, mas tem horas que é preciso preservar o jogador. Hoje, pode ser o Rafael. Outro dia, pode ser outro. O treinador tem que entrar em ação”, disse o comandante, que vai improvisar o volante Marcone.
Coringa preferido de vários treinadores que já passaram pelo Fazendão, o prata-da-casa fica feliz em voltar a ser titular, mas faz uma confissão: “De todas as posições que eu já fui improvisado, a que eu menos gosto é a lateral. Eu tenho que marcar e também ser ofensivo, o que é mais difícil para mim”.
Integrante do time de cima na segunda parte do coletivo desta sexta, o atacante Edilson vai mesmo começar jogando. Segundo ele, Renato Gaúcho o procurou para perguntar se ele preferia entrar de primeira ou esperar no banco. A resposta foi objetiva: “Não consigo mais ficar olhando o jogo. Fui ver o Ba-Vi e fiquei mais tempo fazendo outras coisas do que prestando atenção. É muito nervoso. Prefiro sair jogando. Se cansar, eu peço para sair”.
PSV? - Pode parecer delírio, mas Edilson, em entrevista à rádio Tudo FM na noite de quinta, prometeu que trará o PSV Eindhoven, da Holanda, para um amistoso internacional contra o Bahia, no dia 8 de maio, com transmissão do canal fechado Sportv.
Segundo ele, o jogo serviria também como homenagem para Romário e Vampeta, que fizeram história no clube europeu e atuariam por 45 minutos. O Capetinha, sem se importar com o fraco desempenho do tricolor, ainda fez provocação: “Vamos ganhar o Baiano e esse será o jogo de entrega das faixas”.
A final do Estadual está marcada para o dia 2 de maio. Como o Brasileiro começa na semana seguinte, o Bahia teria que pedir para sua estreia ser adiada.