sábado, 23 de janeiro de 2010
valdomiro silva entrevista o radialista Carlos Geilson
O radialista Carlos Geilson diz que a administração do prefeito Tarcízio Pimenta tem “suplantado” suas expectativas. Já o governo Wagner, administrativamente, “deixa a desejar”, diz o âncora do “Programa Carlos Geilson”, na Rádio Subaé AM. Confira a análise do radialista.
PERGUNTA: O governo Tarcízio Pimenta acaba de completar um ano. Qual a análise desses 12 meses de gestão?
RESPOSTA: A minha análise é extremamente positiva. Apoiei Tarcízio por acreditar que ele faria um bom governo e sem sombra de dúvidas a administração dele tem suplantado as minhas expectativas. Ele, quando era parlamentar, era tido como deputado de confusão, de discurso forte, e um político desagregador. De repente, ele se transformou em um político que abriu a cabeça, foi em busca de apoios, abriu seu leque, e ao sentar na cadeira de prefeito, aquele político agitado, dado aos embates, se arrefeceu e hoje é um político “paz e amor”, como “Lulinha Paz e Amor”, parafraseando o presidente, muito diferente daquele perfil que a Bahia inteira conheceu.
PERGUNTA: Quais foram os principais acertos de Tarcízio Pimenta, e o que ainda precisa melhorar?
RESPOSTA: O prefeito acertou quando decidiu revitalizar o centro com a pavimentação asfáltica, no sistema moderno de digitalização, no tratamento ao servidor público, tem ido ao encontro da população, tanto urbana quanto rural, nas suas audiências coletivas, na abertura da Secretaria de Prevenção à Violência, que ainda está engatinhando, mas aos poucos já notamos alguns resultados da criação desse importante órgão. Agiu também corretamente em não abrir mais postos, pois o governo já carecia em profissionais de saúde e se continuasse ampliando o serviço a situação ia piorar. Ele precisa trabalhar muito essa questão. Precisamos de mais profissionais, mais medicamentos, e os atuais profissionais precisam ser reciclados para atenderem melhor a população. O governo precisa estar ainda mais presente na vida do homem do campo.
PERGUNTA: Qual a sua avaliação deste último ano do governo Wagner?
RESPOSTA: Vejo o governo Wagner por dois ângulos: o administrativo e o político. Na parte administrativa, o governo deixa a desejar. Mas na parte política, opera de moda agressiva e inteligente. Neste aspecto, o que faltou no governo Paulo Souto sobra no governo Wagner, que é o avanço com os políticos. Para que se tenha uma idéia, até eu, como suplente de deputado, já fui convidado a participar do governo. E não é um convite extensivo só a mim. Eles realmente vão em busca de ampliar o seu leque, suas alianças. Administrativamente, o governo de Paulo Souto foi bom, muito melhor que o atual. Mas não existiu alguém como grande articulador – e talvez, na época, esse fosse o papel de José Ronaldo, quando ainda era deputado. Faltou essa aproximação política com outras representatividades. Não houve diálogo com os demais políticos, como faz Jaques Wagner.
PERGUNTA: Como o senhor analisa a grande popularidade do presidente Luis Inácio Lula da Silva? Corresponde ao trabalho que ele vem desenvolvendo ou é um fenômeno?
RESPOSTA: Ele é um fenômeno e também um mito. Ele é muito próximo da realidade do brasileiro, ele é como um trabalhador qualquer, que gosta de jogar bola, de tomar uma cervejinha no final de semana, que batalhou demais para atingir o seu objetivo e que atingiu o ponto mais alto, que é a presidência. A grande maioria da população, como ele, não tem formação de nível superior. Além de ser uma figura carismática, extremamente simpática. Confesso que cada vez mais me torno fã de Lula, como presidente, como cidadão, como figura humana.
PERGUNTA: Votaria nele para presidente, ou em um candidato indicado por ele?
RESPOSTA: Em um candidato qualquer, não. Mas nele, sim.