O policial Evaristo Santana Filho, de 40 anos, que confessou ter matado a tiros a esposa, Luciana Machado Souza, 29, após uma discussão ocorrida no domingo (24) e que está respondendo em liberdade, não passou no exame teste psicológico para entrar na Polícia Civil e só conseguiu ingressar através de uma decisão judicial, de acordo com nota publicada no blog 'A Queima Roupa'.
Nomeado há dois anos, ele ainda está na fase de estágio probatório. Evaristo terminou sendo admitido em cumprimento ao mandado judicial de número 911671-1/2005 da 5ª Vara da Fazenda Pública. O plantonista do Centro de Operações Especiais (COE), que está descansando na casa de parentes, ainda deve voltar ao trabalho na sexta, caso não haja medida de afastamento.
Questionado sobre como uma pessoa que não foi aprovada no psicoteste pode ingressar no Centro de Operações Especiais (COE), o coordenador Jardel, informou que todo servidor público presta concurso e fica durante um período sendo avaliado. 'Para saber se o policial pode trabalhar é somente ao termino do estágio e se ele conseguiu uma ordem judicial, não poderia ser descriminado por isso', informou.
O coordenador da COE confirmou a informação e que Evaristo está em estágio probatório e que começaria mais uma etapa da avaliação no dia 22 de fevereiro. 'Ele não estava efetivado. Poderia não permanecer'. Jardel também disse que essa questão de admissão é com a Polícia Civil. 'Se a Justiça disse que ele estava apto, não poderíamos deixar de cumprir a ordem judicial, mas isso é algo que tem de se conversado com o delegado geral'.
Até a publicação desta matéria não conseguimos contato com o delegado Chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo.
Liberado
Após se apresentar na noite de segunda-feira (25) à Corregedoria da Polícia Civil, Evaristo foi ouvido e liberado. Evaristo está solto porque a prisão acontece apenas em caso de flagrante ou mandado judicial. O policial vai responder a um inquérito e ficará afastado das ruas.
O crime
Luciana Machado Souza, de 30 anos, estava em casa, no loteamento Solar União, no município de Lauro de Freitas, a 30 km de Salvador, por volta das 23h de domingo (24), quando teve uma forte discussão com o marido que acabou matando-a a tiros. O casal tinha oficializado a união a apenas três dias antes do assassinato.