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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

JOSÉ RONALDO:" COM O PT NÃO "


Por Gusmão Neto e Evilásio Júnior

Bahia Notícias: Já está confirmada a sua indicação para ser vice na chapa de Paulo Souto (DEM), nas eleições deste ano?

José Ronaldo: Na verdade o processo de diálogo e discussão sobre esse assunto já vem ocorrendo há algum tempo e a gente ouve muita cogitação. Umas pessoas falam uma coisa, outras falam outra. Um acha que eu devo ser candidato a senador, outro acha que é melhor deputado federal e ainda aqueles que querem meu nome como vice-governador. Eu sou companheiro do partido (Democratas) e quero nada mais do que somar e colaborar com o grupo, mas vou disputar a eleição. Isso já é uma decisão minha. Agora, qual o cargo que realmente vou disputar não tenho uma definição.

BN: Mas qual é a sua preferência, entre os cargos disponíveis?

JR: Com toda a honestidade, entre esses três cargos não tenho preferência por nenhum. Vou escolher aquele onde eu estiver melhor para somar.

BN: E nas conversas com o ex-governador Paulo Souto, qual é a recomendação que ele tem dado ao senhor, nesse sentido?

JR: Quem define não é Paulo Souto. Ele é o meu candidato a governador, mas isso é uma questão que tem que partir dos companheiros de partido e com conversas com as bases do interior da Bahia. Acredito que até o fim de março tudo vai se definir. Tudo será escolhido de forma democrática, porque até o Paulo (Souto) não gosta de impor nada e a decisão será do grupo.


"O senador em momento algum assumiu ter entendimento fechado com o PT. Prefiro acreditar que ele somará conosco"

BN: Agora com relação a alguns prefeitos do DEM, que alguns deles têm se juntado ao ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e outros ao Governador Jaques Wagner (PT), fato que se falta até em “debandada” e enfraquecimento do grupo carlista. O senhor também enxerga esse enfraquecimento?

JR: Essa questão não acontece somente com o DEM, acontece também com outros partidos. Se você observar bem tem gente que é do PMDB e que já declarou voto em público para Paulo Souto. Acontece que estamos passando por um processo novo na Bahia, onde temos uma movimentação bem maior do que na eleição passada. Também temos que lembrar que as lideranças não são somente os prefeitos de mandato, temos também ex-prefeitos, que perderam a eleição por 50, 100 votos e estão conosco.

BN: Quanto ao caso específico do conselheiro Otto Alencar (PP), ex-carlista consagrado, que já efetivou a sua coligação com Jaques Wagner, como o senhor enxerga essa perda?

JR: Olha, toda a história de Otto foi ligado ao nosso grupo. Ele foi deputado estadual, secretário do governo de Antônio Carlos Magalhães, presidente da Assembléia Legislativa, líder de governo, vice-governador, governador interino e conselheiro do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios). Tudo isso foi por indicação do grupo carlista. E agora é claro esse envolvimento com o governador. Se ele realmente for candidato ao Senado como dizem por aí, agora é só esperar o afastamento dele do Tribunal e ele assumir em público que é candidato a senador, coisa que ele não fez ainda.

BN: E o senador César Borges (PR), que pelas conversas tudo indica também que irá compor com o governador Wagner. Como avalia essa possível adesão?

JR: Sobre César Borges, o que eu vejo são especulações, comentários dos mais variados na própria imprensa, mas nunca assumido pelo próprio senador. O senador em momento algum assumiu entendimento fechado com o PT ou com o governador. Então eu prefiro acreditar e acredito que ele somará conosco, da mesma forma como foi em toda a sua história de vida.


"No total são sete partidos que podem compor com a gente"

BN: Além do PTN e PSDB, que já fecharam com o DEM, existem outros partidos que podem se aliar com o grupo de Paulo Souto?

JR: Existe sim, a exemplo do PTC. Temos conversado também com outros partidos que têm garantido a aliança na coligação. No total são sete partidos que podem compor com a gente.

BN: O escândalo do Democratas, que envolveu o governador do Distrito Fedral, José Roberto Arruda, pode prejudicar a campanha de Paulo Souto aqui na Bahia?

JR: Não, em hipótese alguma. Se pararmos para analisar outros escândalos ainda maiores ocorreram, como o da Câmara Federal, que envolveu o então presidente regional do PT, o deputado Josias Gomes (BA) e ele é até hoje um militante do partido e um dos principais articuladores do partido. Além dele, quantos parlamentares do país não se envolveram? O caso de Arruda é uma coisa lamentável mas é local. Não há a menor dúvida de que o Arruda errou e isso é notável. Ele está afastado do partido, como foram expulsos outros envolvidos. Certamente o partido tem agido com muito mais rigor do que os outros nesse tipo de episódio. Mas repito que vejo como algo local.

BN: O então governador em exercício do DF, Paulo Octávio, disse que Lula havia o recomendado a não renunciar do cargo, o que causou a ira do Democratas. Mas Lula negou que teria feito o conselho e os petistas dizem que isso é uma estratégia do DEM de enfraquecer o projeto do PT nas eleições majoritárias. Isso é verdade?

JR: Se a gente for refrescar a memória e isso está bem fresco na minha, logo que apareceu esse episódio de Aruda, o próprio Lula recomendou ao PT e ao seu grupo que não fizesse um cavalo de batalha na discussão política. E isso foi noticiado em toda a imprensa nacional e eu vi aqui no Bahia Notícias. É aquela história de olhar para o retrovisor também.


"se uma pessoa que está no governo há mais de três anos e ainda quer se referir ao passado, eu só classifico isso como incompetência"

BN: Em Feira de Santana, o senhor conseguiu eleger o seu sucessor Tarcízio Pimenta, um grande parceiro do seu trabalho, mas temos percebido a aproximação dele com o PT, como os deputados Zé Neto (estadual) e Sérgio Carneiro (federal). Recentemente ouvimos uma declaração de Tarcízio elogiosa ao governador. Essa relação é apartidária ou o DEM e o PT estão próximos em Feira de Santana?

JR: Eu não tenho a menor dúvida de que existe uma relação nada mais do que institucional. Conteúdo político quem deu foi o governador em uma exposição agro-pecuária, a Expo-Feira, um evento que não se mistura com política partidária. E ele foi o primeiro político na história da Expo-Feira que, ao pegar o microfone, puxou assunto político. Dias depois, nós estivemos em visita ao município de Santa Bárbara, esse sim para assunto político, e o prefeito Tarcízio Pimenta que tem prestígio em toda a região se fez presente, e na ocasião fez um discurso de conteúdo político ao criticar o PT. Agora mais recente, o governador teve em Feira de Santana, pasmem vocês, para entregar dois veículos e inaugurar a pintura do Departamento de Polícia Técnica. Então o que quero explicar é que o prefeito de Feira tem deixado bem claro que esse é um relacionamento institucional de autoridade para autoridade.

BN: Na reabertura dos trabalhos na Assembléia Legislativa, o governador atribuiu a maior parte dos problemas da Bahia, aos governos anteriores. Ele disse que são problemas crônicos e de responsabilidade de gestões mais antigas, o que leva a crer que se refere ao carlismo. Como o Democratas recebeu essa informação?

JR: Na época que eu assumir a prefeitura de Feira de Santana, e toda a Bahia sabe que peguei um governo de um antecessor com uma situação dificílima, o que eu fiz foi entrar e começar a trabalhar. Em momento algum eu me reportei ao passado, sempre busquei o futuro da administração pública. Agora se uma pessoa que está no governo há mais de três anos e ainda quer se referir ao passado, eu só classifico isso como incompetência.


"Vocês da imprensa são muito inteligentes na construção das perguntas e a gente que caia"

BN: Agora voltemos o assunto à chapa de Paulo Souto, em porcentagem na escala de 0 a 100 ,qual é a possibilidade de o senhor ser vice?

JR: Risos. Não posso dizer em percentual. Vocês da imprensa são muito inteligentes na construção das perguntas e a gente que caia nelas. Mas para não ficar sem resposta, nas três hipóteses (deputado federal, senador, vice-governador) diria que 33% de chance para cada um.