O Carnaval deste ano mal começou e já conta com uma morte por golpes de faca e uma vítima de bala perdida. O jovem Marcelo Santos Rocha, de 22 anos, foi esfaqueado no pescoço e nas costas, na manhã desta sexta-feira, 12, quando retornava da folia de Momo.
De acordo com a versão que a namorada do rapaz, Shirley Mendonça dos Santos, passou aos policiais de plantão no posto do Hospital Geral do Estado (HGE), Marcelo foi assassinado por um vizinho, que não teve o nome revelado, com quem ele se desentendeu durante a festa.
Shirley disse que Marcelo discutiu e trocou empurrões com o vizinho após o rapaz "mexer com ela", quando o casal acompanhava o desfile do bloco Alerta Geral, no Relógio São Pedro.
Após curtir o Carnaval, o casal retornava para a casa de Marcelo na Gamboa de Baixo, quando o vizinho agrediu a vítima. O rapaz foi levado para o HGE, mas já chegou sem sinais vitais.
Apesar de o crime não ter acontecido dentro dos circuitos da folia, policiais que deram declarações à reportagem de A Tarde confirmam que o caso se trata de um crime relacionado ao Carnaval. O delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, no entanto, nega que o homicídio tenha relação com a folia.
Bispo disse, em áudio divulgado pela Agecom - Assessoria do Governo do Estado - (Ouça abaixo), que o crime ocorreu às 7h45 dentro da casa da vítima, mas há marcas de sangue na rua Hamilton Sapucaia, onde testemunhas do caso disseram que ocorreu o assassinato. Além disso, Marcelo deu entrada no HGE às 7h25.
O pai da vítima, Altamirando dos Santos Rocha, confirmou que o filho foi assassinado após brigar durante o Carnaval, de acordo com a delegada Celina Campos, titular da 3° CP. Ele também disse que o filho, que tinha apelido de "Zoião", deixou de morar com ele aos 18 anos, quando se envolveu com drogas e já foi preso como usuário.
Bala perdida - O vendedor ambulante Renato Lopes Pereira, 20 anos, está internado no HGE com ferimentos na perna após ser atingido por bala perdida. Ele foi baleado, na madrugada desta sexta, quando curtia o Carnaval em frente ao prédio onde reside na Rua Carlos Gomes.
O rapaz, que é casado e tem um filho de dois meses, contou que houve um tiroteio e que ele foi atingido. A polícia invadiu o prédio habitado por pessoas sem teto, onde Renato também reside, mas não conseguiu prender o autor dos disparos. Funcionários do HGE informaram que o estado de saúde do jovem é estável.