sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
PARA PSOL, ALIANÇAS DO PT PERPETUAM CARLISMO
Duas das principais lideranças no PSOL na Bahia, o pré-candidato do partido ao governo, Hamilton Assis, e o postulante a deputado estadual, Hilton Coelho, avaliam as movimentações políticas do PT para as próximas eleições como uma “perpetuação do carlismo”. Eles contestaram veementemente a declaração do governador Jaques Wagner de que o grupo liderado pelo falecido senador Antonio Carlos Magalhães esteja em processo de extinção (ver nota). “Os 40 anos de predomínio do carlismo e seus aliados, seja durante a ditadura militar, seja na democracia liberal, foi um grande exemplo da reprodução autoritária dos interesses dos grandes grupos monopolistas. Através de uma modernização conservadora, manteve nosso estado subordinado aos interesses do imperialismo, do agronegócio e dos grupos econômicos e políticos de fora da Bahia. E o governo Wagner não mudou a essência deste modo de governar”, protestou Assis. Já Coelho avalia que as alianças entre o PT e legendas como PMDB, que já saiu da base, PP e PR reforçam a continuidade do sistema que comandou os baianos em boa parte das últimas quatro décadas. “Este tipo de declaração pretende enganar o povo, para este engolir agora a volta dos carlistas de linha de frente, como os ex-governadores Otto Alencar e César Borges, na cabeça da chapa petista para o Senado. A derrota do carlismo nas eleições de 2006 e a morte do seu chefe não acabaram o carlismo. Este se fragmentou e se espalha em vários grupos, mas seus representantes e seus métodos continuam aí, tanto no Demo, quanto no PMDB quanto no governo do PT”, contestou.