sábado, 27 de fevereiro de 2010
Terremoto mata mais de 100 no Chile; tsunamis ameaçam Havaí e ilhas do Pacífico
O terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado matou ao menos 122 pessoas. A presidente do pais, Michelle Bachele, decretou estado de catástrofe e determinou que as regiões litorâneas e ilhas fossem desocupadas --como a Ilha de Páscoa.
Ondas gigantes atingiram as ilhas de Juan Fernandez e cidade costeira de Talcahuano (região central do país). O Centro de Alerta para Tsunamis do Pacífico alerta que há risco máximo para o Havaí.
Os moradores de ilhas no oceano Pacífico do Equador, Polinésia e EUA estão sendo retirados por autoridades locais após a ameaça de tsunamis.
David Lillo/AP
Veículos que foram atingidos pelo terremoto em estrada próxima a cidade de Santiago
Nas Ilhas Galapagos, no Equador, cerca de 20 mil moradores e turistas estão sendo retirados. Segundo Edwin Pinto, do Instituto de Oceanografia do Equador, a medida é preventiva. As pessoas estão sendo levadas para áreas mais altas da ilha.
Já a Casa Branca afirmou neste sábado que está monitorando a situação depois do terremoto. A defesa civil americana já prepara a retirada de moradores do Havaí e ilhas do pacifico que estão em áreas de risco.
"Estamos monitorando a situação de perto, incluindo um potencial de tsunami", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
O porta-voz da defesa civil no Havaí, John Cummings, diz que está fechando as praias e mandando as pessoas se dirigirem para áreas mais altas. A expectativa é que a retirada dure cerca de cinco horas.
A Polinésia Francesa também disparou alerta de tsunami depois do terremoto. Segundo autoridades locais o risco de um maremoto acontece até depois de duas horas da primeira onda criada pelo terremoto atingir o país.
Na região das ilhas Samoa, as autoridades também já estão retirando os moradores de áreas próximas ao litoral.
Serviços
Após o terremoto, moradores de várias regiões do Chile ficaram sem luz, água e serviços de telefonia.
O aeroporto internacional de Santiago ficará fechado por ao menos 24 horas, o que dificulta a entrada e saída de estrangeiros do país.
O tremor foi o maior no país em 25 anos. Antes dele, o pior havia sido o de março de 1985, que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades.