CENTRO DE FEIRA DE SANTANA
Cerca de cinco mil professores de Feira de Santana aderiram ao movimento nacional deflagrado pela categoria nesta terça-feira. A principal reivindicação é quanto à equiparação do piso salarial nacional, fixado em R$ 950. Apesar de já estar em vigor há mais de um ano, alguns estados ainda não implementaram a medida. Segundo a APLB, a situação no município não é diferente.
Os docentes estão reunidos desde o início da manhã em frente ao Paço Municipal Maria Quitéria. O secretário de Educação, José Raimundo Azevedo, declarou na manhã de hoje que a média salarial em Feira de Santana sempre foi maior que a nacional. "Os professores do município ganham hoje um valor acima do piso. É um movimento nacional, todos estão aderindo, mas a realidade do professor em nossa cidade é diferente dos demais locais", defendeu o secretário.
Para os sindicalistas, afirmação do secretário não condiz com a realidade. "O secretário está confundindo piso com teto salarial. O piso é o valor mínimo a ser pago, e não a remuneração total", explica o presidente da APLB, Germano Barreto. A sindicalista Indiacira Boaventura exemplifica que o salário de um docente que cumpre 20 horas semanais se equipara a um salário mínimo.
"A diferença é de apenas R$ 19. A Prefeitura paga R$ 19 a mais para dizer que o valor é superior a um salário mínimo para quem trabalha as 20 horas semanais. Isso não é justo. Nós tínhamos em Feira de Santana im piso de 1.75%, mas ao longo dos anos esse salário foi sendo achatado, e hoje estamos quase emparelhados com o mínimo", destacou.
NACIONAL
Em Brasília, representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) farão uma reunião com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir a constitucionalidade da lei que instituiu o piso nacional. De acordo com a categoria, muitos estados não pagam o valor integral porque dizem que a legislação ainda está sob apreciação.