Depois de um movimento de queda iniciado em março, o preço médio do álcool combustível no País voltou a subir na última semana, segundo levantamento feito pelo Terra com base na pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No entanto, o etanol segue mais vantajoso que a gasolina para proprietários de veículos flex em oito Estados - em fevereiro isso ocorria em apenas um Estado.
A média nacional do litro do combustível renovável ficou em R$ 1,697, na pesquisa realizada pela ANP de 11 a 17 de abril, ante R$ 1,664 - uma alta de 5,89%. De acordo com o levantamento, é mais interessante economicamente rodar com álcool em Goiás, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. Nos demais Estados, a diferença entre o preço da gasolina e do álcool é menor que 30% e vale mais a pena abastecer com o derivado de petróleo, já que ele tem autonomia 30% maior.
Goiás registrou a média de álcool mais barata do País (R$ 1,428) e a diferença para a gasolina (R$ 2,39) foi de 40,25%. No Paraná, a diferença é de 40,27%, em São Paulo de 37,13%, em Mato Grosso de 37,79%, no Tocantins de 32,76%, na Bahia de 32,18%, no Mato Grosso do Sul, de 31,88% e no Rio de Janeiro de 30,26%.
Já o Acre tem o litro mais caro (R$ 2,483) e a menor diferença (15,69%). A pesquisa feita pela ANP leva em conta os preços médios por litro de cada combustível oferecido pelos postos ao consumidor. Com relação à pesquisa anterior, feita de 4 a 10 de abril, o preço do álcool aumentou em 14 Estados.
Como o valor do litro pode variar bastante conforme o posto, vale a pena fazer a conta antes de decidir. Por exemplo, em São Paulo, é possível encontrar álcool de R$ 1,199 até R$ 1,999 por litro.
A conta para decidir pelo combustível é simples. Multiplique o preço da gasolina por 0,7. Se o resultado for maior que o preço do álcool, compensa abastecer com o combustível renovável. Se o valor da multiplicação for menor que o do álcool, a gasolina é mais vantajosa.
Redução de álcool na gasolina
Em vigor a partir do dia 1º de fevereiro, a diminuição do percentual de álcool misturado na gasolina é uma medida do governo para tentar aumentar a oferta do combustível renovável e estancar a alta dos preços. A medida terá vigência de 90 dias e, segundo o Ministério de Minas e Energia, aumentará a oferta de etanol em cerca de 300 milhões de l.
Para segurar o preço da gasolina, que poderia aumentar com a redução da mistura de álcool, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre a gasolina, em R$ 0,08 por litro.