Sem medo de punições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou a legislação eleitoral durante evento festivo do PCdoB em que foi oficializado o apoio do partido à pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, na noite desta quinta-feira (9). No início do discurso, Lula disse que precisava controlar suas palavras, mas não seguiu o próprio conselho. Em diversos momentos, segundo matéria do jornal O Globo, o presidente chamou Dilma de futura presidente do Brasil, tratando-a como se já estivesse eleita. Em tom exaltado, ele ainda declarou que vai trabalhar ativamente no governo de sua pré-candidata. “Quando eu estiver fora (do governo), vou ter força para evitar que se faça com a Dilma o que fizeram comigo em 2005 (aparentemente, ele falava da investigação do mensalão do PT). Vou gritar mais, vou ter mais liberdade. Não vou ser instituição. Vou arregaçar as mangas para fazer a reforma política, porque não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos ou não fazer. Vou poder gritar mais, perturbar mais”, disse. “Hoje não tem ninguém mais preparado do ponto de vista técnico para governar este país do que esta senhora Dilma Rousseff, futura presidenta deste país. Até a vitória!”, continuou Lula, no primeiro evento ao lado de Dilma, desde que ela deixou a Casa Civil.
