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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

sábado, 22 de maio de 2010

Ciência pode explicar por que homens e mulheres traem


Por que alguns homens e mulheres traem seus parceiros enquanto outros resistem à tentação? Para encontrar a resposta, número crescente de pesquisas vêm se concentrando nos aspectos científicos do relacionamento. Os cientistas estão avaliando tudo, dos fatores biológicos que parecem influenciar a estabilidade marital à resposta psicológica da pessoa depois de flertar com um desconhecido.

As constatações sugerem que embora algumas pessoas possam ser mais naturalmente resistentes à tentação, homens e mulheres também podem se treinar para proteger seus relacionamentos e estimular seu senso de devoção. Estudos recentes indicaram a possibilidade de que fatores genéticos influenciem a fidelidade e a estabilidade marital. Hasse Walum, biólogo do Instituto Karolinska, na Suécia, estudou 552 duplas de gêmeos para descobrir mais sobre um gene relacionado à regulagem do vasopressin, um hormônio cerebral de adesão.

Em termos gerais, os homens que portavam uma variação do gene apresentavam menor probabilidade de casamento; entre os casados, essa variante do gene denotava maior probabilidade de problemas conjugais sérios e esposas infelizes. Um terço dos portadores de duas cópias da variação genética haviam passado por séria crise de relacionamento nos 12 meses precedentes, o dobro da proporção encontrada entre os homens nos quais a variante não existe.

Mesmo que o traço seja ocasionalmente definido como "gene da fidelidade", Walum desaprova o nome: a pesquisa dele se refere à estabilidade conjugal e não à fidelidade. "É difícil empregar essa informação para prever comportamento masculino futuro", disse. Agora, ele e os colegas estão trabalhando para conduzir pesquisas semelhantes com as mulheres. Embora possam existir diferenças genéticas que influenciam a fidelidade, outros estudos sugerem que é possível treinar o cérebro de modo a resistir à tentação.

Uma série de estudos incomuns conduzidos por John Lydon, psicólogo da Universidade McGill, em Montreal, estudam as reações de pessoas envolvidas em relacionamentos estáveis diante da tentação. Um dos estudos envolvida homens e mulheres em relacionamentos estáveis que eram convidados a avaliar os atrativos de pessoas do sexo oposto, por meio de uma sequência de fotos. As classificações mais altas, nada surpreendentemente, couberam às pessoas usualmente vistas como mais atraentes.

Mais tarde, lhes foram exibidas fotos semelhantes, acompanhadas pela informação de que aquela pessoa desejava conhecer o participante. Nessa situação, as notas dadas pelos participantes se provaram consistentemente inferiores às do primeiro teste. Quando atraídas por alguém que poderia ameaçar o relacionamento, as pessoas pareciam decidir instintivamente que "ele/a não é tudo isso". "Quanto mais firme o compromisso", diz Lydon, "menos atraente será a pessoa que pode ameaçar um relacionamento".

Mas algumas das pesquisas na McGill demonstram diferenças entre os sexos, na resposta às ameaças de traição. Em estudo envolvendo 300 homens e mulheres heterossexuais, metade do grupo foi estimulado a trair, ao imaginar um flerte verbal com alguém que considerassem atraente, e os demais foram estimulados a imaginar uma conversa normal. Depois disso, os participantes foram convidados a resolver testes verbais simples.

Sem que os participantes soubessem, os fragmentos de palavras usados no teste constituíam um teste psicológico para revelar sentimentos inconscientes quanto à fidelidade. (Testes semelhantes são usados para estudar sentimentos inconscientes de preconceito e estereotipagem.)

Entre os participantes que imaginaram uma conversa normal, não surgiu qualquer padrão discernível. Mas havia diferenças entre os homens e mulheres que haviam fantasiado um flerte. Nesse grupo, os homens apresentavam maior probabilidade de responder aos testes com termos neutros como "local" e "amealha", enquanto as mulheres que imaginaram flertes apresentavam maior propensão a escolher "leal" e "ameaça", o que sugere que o exercício havia acionado suas preocupações inconscientes quanto à lealdade conjugal.

É claro que isso não necessariamente prevê comportamento no mundo real. Mas a diferença pronunciada nas respostas levou os pesquisadores a imaginar que mulheres talvez tenham desenvolvido uma espécie de sistema de alerta antecipado quanto a ameaças ao relacionamento. Outros estudos da McGill confirmaram as diferenças nas reações masculinas e femininas a essas ameaças. Em um deles, atores ou atrizes atraentes foram usados para flertar com os participantes em uma sala de espera. Mais tarde, os participantes responderam a perguntas sobre seus relacionamentos, especialmente como reagiriam ao mau comportamento de um parceiro, por exemplo atrasos ou esquecer de telefonar como combinado.

Os homens que tivessem acabado de flertar se mostravam menos tolerantes quanto a deslizes hipotéticos de suas parceiras, o que sugere que as atrizes atraentes atenuaram sua devoção às parceiras, por algum tempo. Mas as mulheres que tivessem flertado mostravam maior disposição a perdoar e a encontrar desculpas para seus parceiros, o que sugere que os flertes anteriores deflagram uma resposta protetora quando o relacionamento estável é discutido.

"Nossa impressão, nesses estudos, é a de que os homens podem ter compromisso firme, mas as mulheres têm planos de contingência - uma alternativa atraente aciona o alarme", disse Lydon. "As mulheres classificam essa atração como ameaça automaticamente, e os homens não". A questão seria determinar a possibilidade de treinar alguém a resistir a essa tentação. Em outro estudo, a equipe propôs a universitários homens envolvidos em relacionamentos estáveis que imaginassem encontrar uma mulher atraente em um final de semana no qual suas namoradas estivessem ausentes. Alguns dos homens foram convidados, depois, a criar um plano de contingência, completando a frase: "Se ela me abordar, eu ______ para proteger o meu relacionamento".

Porque os pesquisadores não podiam usar uma mulher real como tentação, criaram um jogo de realidade virtual no qual duas das quatro salas exibiam imagens subliminares de mulheres atraentes. Os homens que haviam planejado como resistir à tentação gravitavam para essas salas 25% do tempo, enquanto os demais o faziam 62% do tempo.

No entanto, podem não ser os sentimentos de amor e lealdade que mantêm os casais unidos. Cientistas especulam, em lugar disso, que o nível de dedicação pode depender de até que ponto o parceiro melhora sua vida e amplia seus horizontes - conceito que Arthur Aron, psicólogo e pesquisador sobre relacionamentos na Universidade de Stony Brook, define como "autoexpansão".

Para medir essa qualidade, casais tiveram de responder a uma série de perguntas: seu parceiro é fonte de experiências interessantes? Conhecer seu parceiro fez de você uma pessoa melhor? Até que ponto você considera que seu parceiro possa levá-lo a expandir suas capacidades?

Os pesquisadores de Stony Brook conduziram experiências usando atividades que estimulavam a autoexpansão. Alguns casais recebiam tarefas corriqueiras e outros participavam de um exercício bobo no qual eram amarrados juntos e instruídos a andar de rastos sobre almofadas, empurrando um cilindro de espuma com as cabeças. O estudo era manipulado de maneira a que os casais estourassem o tempo previsto nas duas primeiras tentativas, e vencessem por pouco na terceira, o que resultava em forte comemoração.

Os casais responderam a testes sobre seus relacionamentos antes e depois da experiência. Os que participaram de atividades competitivas mostravam amor e satisfação mais intensos do que aqueles que não haviam compartilhado de uma vitória.

Agora os pesquisadores vão iniciar uma série de estudos que medem até que ponto a autoexpansão influencia um relacionamento. A teoria é de que casais explorem novos lugares e descubram novas coisas, o que vai intensificar seu sentimento de autoexpansão e tornar os integrantes mais devotados um ao outro.

"Entramos em relacionamentos porque a outra pessoa se torna parte de nós, e isso nos expande", disse Aron. "É por isso que quem se apaixona vira noites conversando com a pessoa amada e se sente muito animado. Acreditamos que os casais possam recuperar parte dessa sensação ao fazer coisas desafiadoras e excitantes juntos".

Tradução: Paulo Migliacci ME

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The New York Times