As mulheres que utilizam anticoncepcionais hormonais, como as pílulas e os adesivos de pele, costumam ter menor atividade sexual que outras, indica um novo estudo realizado por universidades da Alemanha. A disfunção sexual feminina (FSD, na sigla em inglês), que inclui baixas libido e satisfação sexual, é uma condição que é ligada ao estresse, vulnerabilidade biológica e fatores de relação. Contudo, a pesquisa indica que os anticoncepcionais também podem estar ligados a esse problema. As informações são do Live Science.
Segundo a reportagem, os pesquisadores analisaram 1.046 mulheres, todas estudantes na área médica, que usaram apenas um tipo de medida anticoncepcional e estavam sexualmente ativas nas quatro semanas anteriores ao estudo. Das entrevistadas, 32,4% eram consideradas com risco de desenvolver FSD e 20,4% de desenvolver qualquer outra disfunção sexual.
As mulheres que utilizaram medidas anticoncepcionais não-hormonais foram as que tiveram melhor pontuação no teste. Além disso, as fumantes tiveram escores mais elevados do que as não-fumantes.
De acordo com o pesquisador Alfred Mueck, da Universidade de Tuebingen, os resultados são preliminares e, portanto, mostram apenas associação, e não causalidade. Contudo, ele diz que a ligação entre os anticoncepcionais hormonais e as disfunções sexuais abre uma nova porta para medidas contra um persistente problema de saúde feminino.
"FSD é uma desordem muito comum. (...) Duas a cada cinco mulheres tem pelo menos uma disfunção sexual, sendo a mais comum o baixo desejo", diz a pesquisadora Lisa Maria Wallwiener, da Universidade de Heidelberg.