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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

sábado, 8 de maio de 2010

Reação do governo Tarcízio Pimenta à greve dos professores é precipitação política


Os professores da rede municipal de ensino vão iniciar, próxima segunda-feira, uma greve por tempo indeterminado. Eles lutam por um reajuste salarial de 15%, enquanto o prefeito Tarcízio Pimenta propõe a reposição do índice inflacionário dos últimos 12 meses, 4,31%. O chefe do Executivo decidiu, na quarta-feira, anunciar que vai cortar o ponto dos que participarem do movimento paredista.

Infelizmente, tornou-se fato comum, nesse período do ano, uma paralisação nas aulas das escolas municipais. A APLB, representante dos professores, e o Governo, não chegam a um acordo salarial de forma “pacífica”.

As divergências nas propostas de reajuste são sempre as mesmas. Os professores em seu esforço pela recuperação de perdas salariais dos últimos 10 ou 12 anos e a Prefeitura, alegando dificuldades financeiras, sugerindo apenas repor a inflação.

A APLB pleiteia, mas sabem seus dirigentes que não conseguirão percentuais tão acima do índice inflacionário. Reajuste de 15%, nos tempos atuais, praticamente não existe em qualquer negociação salarial.

O Governo, por outro lado, deve ter sensibilidade suficiente para entender que conceder apenas o IPCA do período não é algo razoável para oferecer. O prefeito tem conhecimento da defasagem salarial dos professores. O objetivo da administração precisa estar voltado, para resgatar, aos poucos, um valor que foi referência para o piso da classe no governo Colbert Martins, de 1.65 salário mínimo vigente – o professor com carga de 20 horas, ressalve-se.

A primeira reação do governo, após a assembléia dos professores em que a greve foi anunciada é uma precipitação. Ameaçar os professores com corte de ponto, como forma de impedir o movimento, acaba se transformando em uma armadilha para o governo.

Sendo uma categoria de um elevado nível de consciência, os professores não se deixam intimidar com ameaças desse tipo. A decisão de anunciar punição para os grevistas antes mesmo da paralisação começar apenas recrudesce a tensão. Tem efeito exatamente contrário do objetivo de entendimento que deve ser comum.

A Prefeitura agiu de outra forma, nas greves dos professores municipais, ao longo da última década. Em vez de ameaças, o Executivo manteve o diálogo em plena paralisação. Esgotadas as tentativas de acordo se buscava a posição da Justiça sobre o movimento. E quando a Justiça decretava a ilegalidade da greve, posicionando-se em relação as propostas de reajuste – o que invariavelmente ocorre, nessas situações – se recorria a mais extrema das medidas, o desconto em folha salarial.

Quero acreditar que o prefeito Tarcízio Pimenta ainda se posicionará diferente, evitando o corte do ponto dos grevistas como a primeira resposta do governo à paralisação. Nem sempre é saudável a idéia de enfrentamento de divergências na base do “olho por olho”.

fonte:www.tribunafeirense.com.br foto-valdomiro silva