Apesar da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) não considerar epidêmico o índice de mortos infectados com meningite meningocócica, tipo C, é quase que diária a notícia do aumento no número de vítimas fatais. Na terça-feira (4), a recepcionista da Academia Carlos Ney, no Imbuí, a Íris Laine Abade da Silva, 18, foi mais uma que não conseguiu resistir à doença. Ela é a 21ª vítima de meningite esse ano em Salvador - na Bahia foram 27 pessoas. Íris morreu por volta de 22 horas, no Hospital Ernesto Simões Filho, após percorrer duas unidades de Salvador à procura de atendimento médico. Ela começou a passar mal por volta de 15 horas durante o trabalho e de lá foi levada ao 12º Centro, no Marback, onde não foi atendida por falta de médicos. Em seguida, Íris voltou para casa e foi, acompanhada da mãe, Alaíde Abade da Silva, 56, para o Centro de Saúde Maria Conceição Santiago Imbassay, próximo do Ernesto Simões Filho, em Pau Miúdo. “Lá, nos informaram que não havia previsão de atendimento e fomos para o Ernesto Simões, onde ela morreu”, lamenta a mãe. De acordo com Sesab, ela deu entrada no hospital com febre, vômito, dores e diárreia. Foram realizados mais de 24 exames para tentar descobrir a doença. Números da Sesab apontam que houve um aumento de 100% no número de mortes por meningite em comparação ao período de janeiro a abril do ano passado. A quantidade de infectados, no mesmo período, passou de 28 para 56. Informações do A Tarde.
