A decisão da deputada estadual Maria Luiza Carneiro (PSC) de não mais concorrer a uma vaga no Congresso Nacional, mas disputar a reeleição, gerou uma legião de insatisfeitos na Câmara Municipal de Salvador. Alguns dos edis que também concorrerão a uma das cadeiras na Assembleia reclamam de utilização da máquina pública municipal em favor da candidata, que é mulher do prefeito João Henrique (PMDB). “Os assessores do prefeito estão assediando as lideranças comunitárias, desrespeitando os vereadores em suas bases, sejam aliados ou não”, protestou o vereador Adriano Meireles (PSC). “Isso está acontecendo comigo e com outros”, afirmou, ao citar o favorecimento da primeira-dama pela máquina municipal. “Ela não tem votos pelo seu trabalho, já que em quatro anos não apresentou projeto algum. O fato de ser a mulher do prefeito é o instrumento que será usado para garantir sua eleição”, diz. Em represália, os vereadores da base governista travaram a votação dos projetos do Executivo na Câmara. O líder da oposição, Gilmar Santiago (PT), condenou a atitude do prefeito no último sábado. “Ele foi fazer campanha com a mulher a 20 metros da minha casa, prestigiando lideranças inexpressivas do bairro”, afirmou. “Ele ignora as demandas da base da oposição, para nos desmoralizar nos nossos redutos”, diz. “Darei o troco”, promete o petista. Informações do A Tarde.
