quarta-feira, 30 de junho de 2010
Tarcízio pede desculpas a evangélicos e não comenta acusações de Tinga
Um discurso do prefeito Tarcízio Pimenta, pedindo desculpas aos evangélicos pela ausência da cantora Aline Barros na Marcha para Jesus, foi gravado pelo radialista Denivaldo Costa, da Rádio Subaé AM. O fato de Aline não ter sido contratada para o evento foi pivô de um bate-boca entre o suplente de vereador Tinga, evangélico e integrante da organização da Marcha, e o prefeito, na última quinta-feira.
Tinga disse que questionou ao prefeito sobre a contratação de Aline Barros –que Tarcízio havia prometido na Marcha para Jesus do ano passado – e obteve como resposta uma agressão verbal, além de ameaça de agressão física. O prefeito, segundo o suplente de vereador, teria xingado a mãe dele e dito que iria pegá-lo, além de fazer gestos obscenos.
No pronunciamento feito no palco da Marcha para Jesus, o prefeito disse que Aline Barros não foi contratada devido a “problemas de agenda”. “Se existe um culpado por ela não ter vindo, sou eu. Assumo a responsabilidade”, afirmou Tarcízio. Ao final, ele garantiu que contratará a cantora para uma apresentação pública para os evangélicos.
Com essas palavras, independente de problema de agenda da cantora, o prefeito assume que foi o responsável pela ausência dela no evento e que não cumprira promessa feita aos evangélicos.
É uma situação desagradável, para os coordenadores da Marcha para Jesus, que devem ter se aborrecido com o problema e até se sentido desprestigiados, mas isto não desqualifica um prefeito. O fato de não ter contratado uma atração prometida em determinado evento não denigre a imagem de um gestor, absolutamente. Salvo se ele tornar-se contumaz em prometer e não cumprir, o que não parece ser o caso.
O “Acorda Cidade”, da Rádio Sociedade, manteve contato com o prefeito para ouvir sua versão sobre o ocorrido com o suplente Tinga. Tarcízio informou à produção do programa que não gostaria de comentar as declarações do suplente de vereador.
Acredito que o assunto merece esclarecimentos do prefeito. Afinal, um suplente de vereador faz acusações até certo ponto graves, inclusive de que ele o teria ameaçado. Declarações dessa natureza não devem ficar no silêncio de quem é acusado. Ele precisa negar, confirmar ou relatar uma outra versão para o que está sendo divulgado por Tinga.
Por outro lado, Tinga precisa apresentar o testemunho de alguém ou provas materiais do que ele relata ter sido vitima, para dar uma forma mais concreta às acusações que está fazendo contra o prefeito.