terça-feira, 20 de julho de 2010
As Eleições estão chegando: em qual perfil você se enquadra, nobre eleitor?
Segundo os dados do TSE atinentes a junho de 2006, tem-se um universo de 125.913.479 eleitores no Brasil, onde 48.33% são do sexo masculino e 51.53% do sexo feminino (0,14% não informado). Com relação à faixa etária, 65,36% dos eleitores têm entre 25 e 59 anos.
Destaquemos aqui o primeiro lugar liderado pelos eleitores com o primeiro grau incompleto (43.785.924) e em segundo quem apenas lê e escreve (21.301.780) que representam o total de 51.69%. Ou seja, a maioria que elege no brasil está com o nível de escolaridade muito abaixo do padrão. Assustador, quando se diz por aí que é o estudo que liberta o homem, que o torna um ser mais esclarecido.
Porém não foi querendo discriminar as pessoas que tem pouco estudo que fui atrás desses dados, até porque há pessoas muito sábias que nunca frenquentaram uma escola, enquanto outras que se dizem formadas não tem o menor senso crítico da realidade que o cerca. Esses números foram apresentados apenas para reflexão. E por falar em reflexão gostaria de apresentar aqui três perfis básicos do eleitorado brasileiro. Esses perfis não diz respeito a idade, sexo, grau de instrução, mas de senso propriamente dito e essa palavra significa "faculdade de apreciar, de julgar".
Pois bem, separei aqui basicamente três perfis de eleitor e nesse ensejo eu gostaria que você tentasse descobrir em qual deles você se enquadra: o conformado, e encabrestado e o crítico. O conformado. Esse tipo de eleitor vive em contradição: ama reclamar de tudo e satisfaz com migalhas. Bom ou ruim o governo, nunca faz nada pra mudar o cenário político ou requerer um direito que é dele. Na sua óptica o poder é privilégio dos "grandões" e não há nada a fazer para mudar o quadro. Sem esperanças nasceram e assim pretendem morrer. O que vier pra eles está bom. Geralmente votam em candidatos já que tem algum cargo político com medo de "perder o voto". O pleito, para esses, se resume em quem vai ganhar e não em quem vai governar melhor. São finos pra ficar na fila dos bancos nas esquinas balbuciando absurdos, reprisando as mesmas conversas e pondo a culpa de tudo no governo. Muitas vezes nem se lembram em quem votou nas últimas eleições e nem se o próprio título foi recadastrado. O encabrestado todo mundo sabe que é aquele que troca seu voto por algum "favor" (um cargo em alguma secretaria, um remédio, uma passagem de avião), por um pouco de dinheiro ou até mesmo por um botijão de gás. O voto de "cabresto" era muito comum na época do coronelismo, mas ainda hoje persiste e ludibria grande número de eleitores, claro que de uma forma mais sutil. Essa prática tem efeito muito maior do que possamos imaginar, porque além de contaminar a pessoa que desfrutou do "favor" a família em parte ou toda e até amigos dela acabam caindo na armadilha. Aqui há dois sub-grupos: Uns são vitimas do "sistema" que deveria oferecer o melhor em saúde, educação, segurança, lazer, etc. não o tendo se desespera e se curva a esse prática não sabendo que pode ser crítico independente de qualquer coisa. Direitos que temos e não temos ao mesmo tempo Outros são egoístas que centralizam o governo a um determinado grupo pré-selecionado impedindo pessoas capazes de realizarem um bom trabalho e de se realizarem. Desses corram longe. Estampam o slogan do seu candidato na testa e está louco por uma confusão. É dessa forma que tentam mostrar de que lado estão pra chamar a atenção dos seus "padrinhos". O crítico é diferente. Não pode ter paixão político-partidária se não corre o risco amar o errado. Não vende ou troca seu direito sabendo ser este de grande valia e que determinará quem será responsável pela administração do seu dinheiro e de mais alguns milhões de contribuintes. Quem legislará e determinará o futuro dos direitos e fiscalizará quem governa. Esse tipo de eleitor é racional e não se ilude com promessas. Procura conhecer o histórico dos candidatos e seus projetos. Não tem a visão limitada ao teto da sua casa ou ao cargo que poderá ocupar, mas enxerga além dos horizontes. É lúcido. Conhece suas potencialidades e vive tranquilo por não depender de resultados que não depende exclusivamente da sua vontade. Não é individualista, mas pensa no bem comum e tem ciência dos principais fatos que acontecem e norteiam a realidade. Está aberto a discussões sobre temas relevantes e não sobre quem vai ou não chegar ao poder. Sabe que isso é coisa de conformado com encabrestado. O crítico analisa o passado, julga o presente e resolve sobre o futuro. Bom senso a todos!
Eduardo José de Oliveira Sobrinho-calila noticias