O governo já discute a possibilidade de reavaliar os valores dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida para evitar a defasagem de preços e impedir a queda no desempenho de atendimento para seus beneficiários, especialmente no caso dos grandes centros urbanos. Se a ideia for aprovada dentro do governo federal, essa atualização de valores só valeria para a segunda versão do programa, o Minha Casa, Minha Vida 2 e não para os contratos atuais já assinados.
A definição do preço dos imóveis utilizados para cálculo de subsídios foi feita em dezembro de 2008 e não sofreu alterações desde então. As construtoras estão pleiteando uma revisão desses valores, principalmente para a faixa de imóveis entre zero e três salários mínimos, justamente a mais popular do programa.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, confirmou que estão sendo feitos estudos nesse sentido. Essa discussão, que envolve também a Casa Civil, o Ministério da Fazenda e a Caixa Econômica Federal (CEF), precisa ser feita com cautela para que não aumentar ainda mais o preço do imóvel no mercado.
Segundo Marcio Fortes, existe necessidade de ajustes na segunda etapa do programa habitacional lançado pelo governo. Ele reconhece que existe uma reivindicação das empresas do setor de construção civil em torno de um reajuste no valor desses preços. "Não existe uma pressão. O que existe, na realidade, é uma reivindicação", diz Fortes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.