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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

terça-feira, 6 de julho de 2010

Irritação de Wagner com boatos sobre sua saúde deveria também ser dirigida à sua assessoria


Compreende-se a “ira” do governador Jaques Wagner (PT) com o fato de sua saúde ter sido ontem alvo de diversas especulações, a principal delas desmentida por ele, sua assessoria e seu médico. Ele perde a razão, entretanto, ao culpar exclusivamente os blogs pelo problema, fazendo mais uma vez vistas grossas ao fato de que paga o alto preço de ter constituído uma comunicação política e não técnica, incapaz de fazer frente aos desafios impostos por sua condição de governante (há mais de três anos ele deixou de ser um simples e simpático deputado federal do PT baiano) e o relacionamento com mecanismos de mídia cada vez mais dinâmicos e nervosos à beira de uma campanha.

Como homem público, Wagner deve satisfação sobre sua saúde a seus eleitores e à população que governa. Por este motivo, não se entende porque a decisão de submeter-se a exames, por quaisquer que sejam os motivos, não tenha sido comunicada a todos os veículos de comunicação, uma vez que, como o próprio governo assinalou e este Política Livre informou, havia sido programada há pelo menos uma semana, isto é, estava antecipadamente prevista. Ajudar o governador a separar o público do privado em sua existência e a enfrentar crises muitas vezes gestadas por equívocos de procedimento é a tarefa de um assessoramento técnico e profissional.

A confusão conceitual sobre os campos público e privado na vida de Wagner, que parece permear os meandros da comunicação governamental desde o início – e não se sabe se até certo ponto com o seu próprio incentivo - levou a que se deixasse o boato sobre o estado de saúde dele correr solto desde a manhã – um comunicado oficial desmentindo a notícia e informando que havia se submetido a exames de rotina só saiu por volta das 15h30 -, como se fosse caso de menos importância, deixando a todos apreensivos e preocupados. Por esta razão, o governador deveria aproveitar a experiência desagradável para fazer uma avaliação racional dos problemas que enfrenta numa área tão delicada e importante.

Deveria começar se perguntando, por exemplo, porque sua assessoria o deixou desassistido durante todo o período em que esteve no Hospital Espanhol. Ou porque não se preocupou em atuar rapidamente no sentido de evitar que o boato se alastrasse e a desinformação se aprofundasse, em prejuízo dele próprio, dos veículos e de sua relação com a população. O site Bahia Notícias admitiu hoje pela manhã o erro de ter publicado a notícia do infarte do governador sem confirmá-la. O governo precisa também começar a admitir que comete equívocos banais frente a problemas que a experiência e o profissionalismo ensinam como devem ser adequadamente resolvidos e, quando possível, evitados.