segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Orçamento trava expansão do gasto social no pós-Lula
O sucessor do presidente Lula assumirá o governo sem recursos definidos para patrocinar um novo ciclo de expansão dos programas sociais, o que põe em xeque promessas eleitorais como a ampliação do Bolsa Família e dos gastos em saúde, informa reportagem de Gustavo Patu, publicada nesta segunda-feira pela Folha.
Segundo levantamento da Folha, as contas do governo mostram que, mesmo com recordes de arrecadação, as fontes exclusivas de dinheiro para a área social deixaram de ser suficientes para bancar com segurança os compromissos em Previdência, assistência, saúde e amparo ao trabalhador.
O orçamento da seguridade social, que registrara deficit de R$ 34 bilhões no ano passado, voltou a ficar no vermelho de janeiro a junho: saldo negativo de R$ 3 bilhões. A crise de 2009 e as eleições de 2010 deram novo impulso às despesas da área, como o recente reajuste a aposentadorias.