terça-feira, 24 de agosto de 2010
Os politiqueiros querem o fim do futebol organizado
A qualidade do futebol serrinhense corre sérios riscos por causa dos politiqueiros e oportunistas de plantão.
A liga se omite em relação às categorias de base. Os responsáveis não querem ter trabalho com a prata da casa, alegando falta de tempo. Só se preocupam com a participação da seleção no intermunicipal porque, pelo menos nessa competição, os gestores por livre e espontânea pressão cobrem as despesas. Nem mesmo o campeonato municipal tem o apoio e a dedicação, sequer, dos seus organizadores e o certame começa e termina sem chamar a atenção dos desportistas.
O autêntico futebol rural nunca teve o apoio total dos poderes públicos, cujos gestores, só se preocupam em apoiar os certames caça-votos, sem nenhum critério, sem nenhuma organização.
A Assessoria Esportiva Serrinhense, ASES, que sempre fez esporte para conquistar amigos, não para satisfazer os interesses politiqueiros, de quem quer que seja, nunca teve o devido apoio; e para realizar as competições esportivas se vê na obrigação de cobrar taxa de inscrição e outras mais. Com isso, as comunidades esportivas que não tem condições, ficam de fora ou participam dos tais “caça-votos”; competições mal elaboradas, sem critérios, sem credibilidade.
Recentemente, segundo se comenta nos meios esportivos a prefeitura municipal investiu R$ 14.000,00 (Catorze Mil Reais) em uma competição esportiva, com finalidade eleitoreira; e se recusou a bancar, apenas a arbitragem e os troféus da Copa Comunitária e da Copa Mulher, que deveriam ter a participação de 12 equipes.
E imaginem o cúmulo que ficou registrado. A diretoria da ASES solicitou a insignificante importância de R$ 3.000,00 (Tres Mil Reais) para ser paga em três parcelas mensais, tempo de duração da competição e o prefeito empurrou com a barriga na base do “vamos ver” e não liberou a verba. As competições foram realizadas com a colaboração dos poucos abnegados. Não dá prá entender o que se passa na cabeça desses que se dizem “políticos” porque demonstram, dão a entender que só fazem o que lhes convém, conforme os seus próprios interesses.
Com tanta indiferença e perseguições até, a entidade que realiza competições esportivas desde 1990, sem exigir compromisso político com desportistas, dirigentes e atletas, corre o risco de fechar as portas, encerrar as suas atividades.
Isso poderá acontecer, não pela falta de apoio, pois sempre sobreviveu assim, mas porque, é claro e transparente, que a maioria das equipes não vai deixar de participar de uma competição onde os seus idealizadores oferecem vantagens, para participar de uma competição em que eles serão obrigados a bancar.
Essa, lamentavelmente é a triste realidade. Os politiqueiros querem o fim do futebol organizado.
Por: Jorge Luiz da Silva
www.esportecomunitario.com
jolusi54@hotmail.com
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