A defesa de um dos acusados da morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, diz ter achado, em uma perícia particular, cabelos, restos de pele e possíveis manchas de sangue no sítio do jogador em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte).
Goleiro foi preso sob suspeita de participação no sumiço de Eliza, que desapareceu no começo de junho
O perito George Sanguinetti foi contratado pelos advogados do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. O perito já trabalhou nos casos Isabella Nardoni e PC Farias.
Segundo o advogado de Bola, Zanone Oliveira, a intenção da defesa é, em uma investigação paralela, "trilhar os passos" feitos pela polícia. A ideia é apontar contradições e mostrar fatos que livrem Bola das suspeitas.
O resultado com detalhes do que foi coletado no sítio será divulgado em 20 dias. Ao analisar o local, a polícia disse não ter encontrado nada de relevante, exceto pelo álbum de fotos do bebê de Eliza achado pela Folha próximo à propriedade. Além disso, depoimentos apontam que a ex-amante esteve no sítio.
Oliveira afirmou que Sanguinetti comprovou, por meio de exames de DNA, que não são de Eliza cabelos encontrados pelo próprio perito na casa de Bola em Vespasiano (MG). A polícia não havia encontrado nada no local.
Agora, a defesa quer que o perito analise o veículo Land Rover de Bruno, onde foi encontrado sangue de Eliza.
Depois de trabalhar para Oliveira, Sanguinetti vai prestar serviços aos advogados Ércio Quaresma e Frederico Franco, que fazem a defesa de Bruno e outros seis acusados de envolvimento.
Eliza desapareceu no começo de junho. Os suspeitos são réus em processo na Justiça sobre o caso.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado e corrupção de menores. Bola é réu por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos negam as acusações.
