terça-feira, 5 de outubro de 2010
BA: FICHAS SUJAS PODEM MUDAR A LISTA DE ELEITOS
Na Bahia, quatro candidatos eleitos dependem da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa para assegurar as vagas na Assembleia Legislativa ou Congresso Nacional. Caso suas candidaturas sejam invalidadas, não apenas eles perderão as vagas, mas todo o cálculo do coeficiente eleitoral será modificado e outros candidatos eleitos pela mesma chapa podem também perder a chance de assumir o mandato. Por outro lado, a depender do novo cálculo, estas vagas podem cair no colo de postulantes de outras coligações. Os eleitos foram Carlos Brasileiro (PT) e Maria Luiza Laudano (PTdoB), para a Assembleia Legislativa, e Geraldo Simões (PT) e Jânio Natal (PRP), para a Câmara dos Deputados. Vale lembrar, porém, que o tema é polêmico e gerará questionamentos judiciais. Como, segundo decisão do STF, os votos são do partido e não dos candidatos, há quem defenda que, caso os ficha-sujas sejam barrados, quem deve assumir é o suplente, o que não modificaria o coeficiente eleitoral.
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Os deputados federais eleitos domingo (3) para os próximos quatro anos possuem nível de escolaridade inferior ao apresentado pelos atuais parlamentares. Diminuiu de 413 para 401 o número de deputados eleitos com Ensino Superior completo, e subiu de 38 para 44 a bancada dos que não concluíram a faculdade. Na próxima legislatura, o número de deputados com o Ensino Médio completo diminuirá em dois, para 44, e a Câmara continuará tendo três parlamentares com o Ensino Médio incompleto. Já a turma dos deputados com apenas o Ensino Fundamental completo será a que mais crescerá, subindo de sete para dezoito integrantes. A partir de 2011, serão dois os deputados com o Ensino Fundamental incompleto, contra cinco da atual legislatura. Além disso, a Câmara continuará tendo um parlamentar que só lê e escreve. Informações da Veja.
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O terceiro lugar de Geddel Vieira Lima na sucessão estadual foi amargo, mas lhe rendeu pouco mais de um milhão de votos, um patrimônio que passou a ser cobiçado por José Serra, que para ele ligou na madrugada de domingo para segunda, e, no fim da tarde de ontem, foi chamado a Brasília. O presidente Lula quer conversar com ele. Deveria ser a candidata Dilma a quem caberia o convite, mas ela meteu os pés pelas mãos, no que Geddel considerou uma traição inesperada, e comunicou, via imprensa, que não subiria no seu palanque, nem Lula, mas sim exclusivamente no de Wagner. Poderia ter rompido o acordo do palanque duplo de forma elevada, conversando e expondo os seus motivos ao candidato. Entendia, porém, que estava eleita em primeiro turno, e alegou a vantagem de Wagner na sucessão baiana. Geddel viajou e disse que conversará com o presidente absolutamente calmo e tranqüilo. Se terá, ainda, espaço de diálogo com Dilma, não se sabe. O político baiano é do PMDB e integra o grupo que forma com Michel Temer. O PMDB, vale lembrar, está coligado com o PT, embora para a legenda não signifique muita coisa porque o partido é tradicionalmente dividido. Embora muito calmo, Geddel lembra da forma como foi traído e diz que não pretende retaliar. Enfim, um dia atrás do outro. E como o mundo dá voltas...
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Para quem pensou que o fenômeno Tiririca iria se alastrar pelo país, pelo menos na Bahia não foi o que aconteceu. Celebridades, dos mais diversos segmentos, deram com os burros n’água nas eleições deste ano. A lista é grande, mas só para citar alguns notáveis, Popó (PRB) foi nocauteado no primeiro round, Léo Kret (PR) e Porreta da Mata Escura (PSL) urraram de dor, o sistema foi bruto com Uziel Bueno (PTN), a camisa de Jean Nanico (PTB) ficou desbotada e a “kirica” de Gerônimo (PV) ficou sem “bussanha”. Ainda faltou bala na agulha para a “delegata” Patrícia Nuno (PMDB) e o glamour para a socialite Fabíola Mansur (PSB), oftalmologista nas horas vagas. Por falar em high society, o barão Flavinho (PR) ficou mais indigente que o vetado Neto Pobre (PRTB). No dial, o rádio de Dona Raquel (PSDB), proprietária da Piatã FM, que autointitulou-se “a rainha do pagode”, ficou afônico, e a Sheila Varela (PRB) só conseguiu um cartão vermelho. O Pastor Manassés (PSB), por sua vez, precisará de reabilitação. Já o Coronel Santana (PTN), aquele que foi flagrado a receber suposto dinheiro de propina de compra de viaturas pela Operação Nêmesis, não conseguiu transferir a fama obtida nas páginas policiais para as urnas.
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