sábado, 23 de outubro de 2010
Dilma diz que denúncia de revista é ''conversa de véspera de eleição''
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, negou “terminantemente” a denúncia da revista Veja, publicada neste sábado (23), que acusa a candidata e o chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, de terem pedido dossiês ao secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay.
“Eu nego terminantemente esse tipo de conversa de véspera de eleição. Gostaria que houvesse a comprovação de que eu fiz isso. Repudio esse tipo de acusação absolutamente sem provas”, disse a petista.
A revista afirma que uma gravação de Abramovay durante um diálogo com seu antecessor, Romeu Tuma Junior, acusa Dilma e Carvalho, antigo colaborador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de insistirem em pedidos desse tipo.
O jornal Folha de S.Paulo informou que dados sigilosos de tucanos e familiares do presidenciável José Serra, do PSDB, circularam na equipe de pré-campanha da candidata.
Dilma voltou a atribuir os vazamentos “a conflito de campanha dos tucanos”. Os vazamentos ocorreram entre setembro e outubro de 2009, quando Serra e o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, disputavam a indicação do partido para concorrer à Presidência. Hoje senador eleito, Aécio nega ter pedido a confecção de dossiês contra o rival interno e acusa o PT de ter encomendado a peça.
Surra nas urnas
Dilma começou o dia com uma carreata em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, de onde seguiu para Carapicuiba, cidade vizinha ao reduto petista de Osasco.
Acompanhada de Lula, a presidenciável pregou humildade, paz e amor a seus simpatizantes que lotaram uma praça em uma área pobre da cidade.
Ao ouvir gritos de “já ganhou”, a líder nas pesquisas procurou frear o ânimo. “Obrigado pelo ‘já ganhou’, mas eu ganho mesmo é no domingo que vem”, disse. “Peço humildade, apoio e o voto de vocês”.
Lula repetiu que a campanha de Serra tentou “fazer uma armação” para acusar o PT de serem violentos. Na quarta-feira, durante caminhada pela zona oeste do Rio de Janeiro, o presidenciável diz ter sido atingido em meio a um confronto de petistas e tucanos.
“A surra que a gente quer dar neles é nas urnas. Não queremos agredi-los com palavras nem com gestos”, afirmou Lula. O presidente acusou também os adversários de “não saberem perder”. “Perdi 89, 94 e 98 e não havia da minha parte ataque nem jogo sujo”, afirmou.