quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Lula agora deseja que Dilma realize comícios sem ele
O apadrinhamento político reinou nessa eleição baiana e todo o destaque vai para os novos “rostinhos” que pintarão na Assembleia Legislativa a partir do dia 1º de janeiro. Pelo menos sete pessoas foram patrocinadas, em termo de eleitorado, por políticos já consagrados. Juntos, os novatos somam quase meio milhão de votos. Na linha de frente, o império dominante foi do PP, que conseguiu eleger Mário Negromonte Jr. e Cacá Leão, herdeiros dos caciques da legenda Mário Negromonte e João Leão. Graça Pimenta (PR) é outra, que não fosse o “empurrãozinho” do marido, o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (DEM), certamente encontraria dificuldades em sair vitoriosa. Adolfo Viana, que levará o título de "Menudo da AL-BA", foi apadrinhado pelo pai, o conselheiro Antonio Honorato, que já teve nas mãos o cobiçado cargo de presidente do Tribunal de Contas do Estado, outro padrinho dele é Luis Eduardo Magalhães Filho "Duquinho". Bruno Reis (PRB) deve eterna gratidão a ACM Neto, já que foi colocado debaixo do braço do campeão de votos na esfera federal e conseguiu uma expressiva votação. No PMDB, Pedro Tavares saiu na “rabada” do todo-poderoso da sigla Lúcio Vieira Lima e contou com um número de digitações nas urnas mais do que razoável. Claudia Oliveira (PTdoB) foi louvada com a força da Prefeitura de Eunápolis, comandada por seu marido José Robério.
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A terceira colocada na eleição presidencial, Marina Silva (PV), admitiu que pode não apoiar nenhum dos dois candidatos no segundo turno. Ele disse que existe a possibilidade de divergir sobre o posicionamento do seu partido de ajudar na campanha de Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). A senadora afirmou que não negociará cargos para apoiar qualquer um dos postulantes. “Eu não vou por ai, vamos fazer uma discussão programática”, ressaltou. A verde reiterou que a coordenação da sua campanha se reunirá nesta quinta-feira (6) para iniciar as discussões sobre o tema.
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Uma aposta de cidade de Fontoura Xavier, no Rio Grande do Sul, acertou as seis dezenas do concurso 1.220 da Mega-Sena e vai levar R$ 119.142.144,27.
Após problemas no site devido ao excesso de procura, por volta da 0h desta quinta-feira a Caixa Econômica Federal divulgou o rateio dos prêmios.
Os números sorteados na noite desta quarta-feira em Catalão (GO) foram: 05 - 15 - 43 - 48 - 52 - 55.
Outros 377 bilhetes fizeram a quina e levarão R$ 28.258,54, enquanto os 30.478 acertadores da quadra vão ganhar R$ 499,35 cada um.
O prêmio do concurso 1.220 acumulou em R$ 119 milhões, o maior valor em sorteios regulares da história. Inicialmente a estimativa era de R$ 115 milhões, mas o valor ficou acima disso.
O maior valor pago nos concursos regulares foi de R$ 90 milhões, sorteado no início do mês de setembro e dividido por sete bilhetes. A Mega-Sena já pagou R$ 144,9 milhões, mas foi pago no sorteio especial da Mega-Sena da Virada, em 31 de dezembro do ano passado.
De acordo com a Caixa, o acúmulo de R$ 119 milhões é resultado de oito sorteios sem vencedor na faixa principal e mais um valor adicional de R$ 18 milhões acumulado para o concurso de final zero.
O valor aplicado na poupança, por exemplo, seria possível conseguir uma renda mensal de mais de R$ 700 mil. A Caixa afirmou ainda que o prêmio seria suficiente para comprar uma frota de 4.600 carros populares ou 23 mil motocicletas de 125cc.
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Lula discutirá com Dilma Rousseff e com os operadores do comitê de sua pupila ajustes na dinâmica da campanha de rua e na propaganda de TV.
Depois de passar todo o primeiro turno dividindo palanques com Dilma, o presidente deseja, agora, que sua candidata faça também comícios sem ele.
Justifica a alteração com o argumento de que convém diversificar a programação, levando a campanha ao maior número possível de praças.
Assim, num segundo turno de curta duração, parte dos comícios seria comandada pela própria Dilma. Outra parte, por Lula
Eventos com a presença de ambos passariam a ser exceções.
Como subproduto da tática, as aparições individuais de Dilma ajudariam a afastar dela a pecha de lulodependente.
Em privado, Lula trocou a estratégia em miúdos. Afirma que ajudará mais à campanha se concentrar seus esforços no Nordeste.
Dilma privilegiaria os centros urbanos. Para Lula, a agenda precisa regular com o mapa de votação. A candidata iria às praças onde obteve menos votos.
Lula se autoescala para o Nordeste porque é nesse pedaço do mapa que sua popularidade é mais alta. Na média, Passa dos 80%.
Entre os nordestinos, Dilma obteve, em média, 60% dos votos. Prevaleceu com folga sobre José Serra. Mas passou longe do índice de aprovação do patrono.
Condutor da própria sucessão, Lula avalia que é preciso ajustar também a propaganda televisiva, sob responsabilidade do marqueteiro João Santana.
Afirma que falta “povo” nos programas de TV. Para ele, as peças não traduzem o calor com que Dilma é recebida nas viagens.
Defende também que a campanha oficial “baixe a bola” nos discursos. Nesse ponto, Lula faz uma rara autocrítica.
Admite que errou ao vergastar a mídia. Forneceu munição para o discurso do medo que a oposição constrói contra Dilma.
No mais, Lula revela-se preocupado com o ânimo de sua candidata. Lamenta que a chegada do segundo turno a tenha deixado demasiado abatida.
Calejado, afirma que não há razão para tanto. Declara-se convencido de que a vitória foi apenas adiada.