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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Zé Neto, Sérgio e um contra-ponto a Samuel Celestino


O articulista político Samuel Celestino, do site www.bahianoticias.com.br, fez uma análise da recente declaração de apoio do deputado federal Sérgio Carneiro ao deputado estadual Zé Neto, caso este venha a disputar a presidência da Assembleia Legislativa. Celestino foi bastante ácido com Zé Neto. Diz que o petista “faz ou é um tipo desarvorado e que adora holofotes”.
Diz também que “alguns chamam (Neto) de Menino Maluquinho versão II” e faz alusão ao episódio do socorro prestado à mãe do deputado, por uma aeronave da PM, na Ilha de Itaparica, no fim de ano: “...há pouco se envolveu com denúncias de ter conseguido o uso de um helicóptero”. Sobre este fato, aliás, o comentarista de “A Tarde” diz tratar-se de benefício que “os mortais da planície não conseguem”, insinuando um privilégio que teria sido obtido pelo parlamentar.
Sobre o apoio de Sérgio a Neto, em eventual embate pela sucessão de Marcelo Nilo, Samuel considera estranho. “Neto caiu de pau em Sérgio Carneiro à época (das prévias para definição do candidato petista a prefeito de Feira, em 2008) e o acusou de derrotá-lo utilizando fraudes”.
Acrescenta o articulista: “De repente, o deputado aparece anunciando o seu apoio a Zé Neto à presidência da Assembleia Legislativa. Serginho ainda não tem assegurado o mandato de federal, nada tem a ver com a Assembléia Legislativa, não tem voto lá. Estranho, muito estranho.”
Faz ainda um questionamento ao deputado federal: “Fica, então, pairando no ar, um enígma: o que quer Sérgio com o apoio?” Ele mesmo responde: “Quer ter também direito a helicóptero ou há outras vantagens em jogo”. E arremata demonstrando perplexidade com o fato. “É. Não dá para compreender”.
Samuel tem demonstrado, ao curso de suas colunas, em seu site ou em “A Tarde”, que tem um conceito firmado sobre o deputado Zé Neto. Talvez ele não acompanhe, como nós aqui em Feira acompanhamos, no entanto, a evolução do deputado, que decididamente, hoje em dia, não é mais aquela figura ““desarvorada”. Sua “adoração aos holofotes” também reduziu sensivelmente, embora, nesse quesito, ele não tenha ainda alcançado nota máxima.
As pessoas mudam, caro Celestino. Para melhor ou para pior, mas é inegável que vão se modificando, não apenas em procedimentos, mas também em pontos de vista. Às vezes, conforme as necessidades de adaptação ao meio. Às vezes, por meras aspirações futuras que exijam transformações.
Em respeito ao apoio declarado de Sérgio a Neto, creio que não haja motivo de tanta estranheza. Em política, bem sabe o experiente articulista e confrade do feirense Jair Cesarinho, tais mudanças se fazem ainda em maior velocidade. Já dizia Tancredo: em política, não existem inimigos irreconciliáveis.
Como principais quadros do PT em Feira de Santana, eles sabem que há muito em comum para ser tratado, rumo as eleições de 2012. O partido tem tudo para chegar na disputa pela Prefeitura Municipal com grandes chances de vencer, como nunca antes foi possível. Agora, não interessa, aos petistas, que Neto enfraqueça Sérgio ou vice-versa. E essa é a música, lenta, compassada, que vai dar o ritmo da dança, daqui por diante. Assim a banda toca.
Não vejo, particularmente, mas respeito a opinião de Samuel ou de outros articulistas da política baiana que tem pensamento divergente, Sérgio e Neto como grandes rivais – como um dia foram Eliana Boaventura e Tarcízio Pimenta, por exemplo. Eles tiveram um embate muito duro, complicado. Ficaram seqüelas, mas elas não são irreparáveis – e há, em política, seqüelas irreversíveis?
Por fim, acredito que Sérgio não esteja em busca de helicóptero ou que exista “outras vantagens em jogo”. Há, de certo, um jogo, mas não no nível esboçado por Samuel. O jogo é político, é a “copa” eleitoral de 2012, o consenso de que, para o PT chegar com as promissoras perspectivas que se apresentam agora, na campanha, precisa de Neto e Sérgio juntos e fortes. Parece que eles já entenderam essa mensagem e trocam os primeiros passes rumo à grande área. Por enquanto, passes certeiros.