quinta-feira, 12 de maio de 2011
Cada vez mais longe de Wagner, Geilson diz que governo "massacra o povo"
Tenho acompanhado, via releases enviados ao jornal Tribuna Feirense, pronunciamentos do deputado Carlos Geilson, na Assembleia Legislativa. Além de estar sempre defendendo causas de interesse de Feira de Santana, o que faz com desenvoltura, embora com os limites comuns de um parlamentar oposicionista, observo o seu discurso sempre ácido em relação ao governo Jaques Wagner.
Geilson tem um dos discursos mais vigorosos da oposição. Com experiência própria de busca de informações e o apoio de uma assessoria que demonstra competência, tem apresentado alguns dados interessantes e atacado pontos fracos do governo. Como em um texto distribuído nesta terça-feira, pelo jornalista do PMN na Assembleia, em que o radialista Carlos Geilson comenta sobre a posição da Bahia como estado que tem a maior concentração de miseráveis no Brasil.
Na Bahia, diz o deputado, são 2,4 milhões de baianos que vivem em situação de penúria, com renda mensal inferior a R$70,00. A região Nordeste é a de maior número de pobres e a Bahia lidera esse ranking na região.
Diz o deputado: “Aí vão dizer que foi herança maldita. Não deixa de ser uma herança maldita, mas continua sendo, porque este governo nada faz a não ser cooptar deputados, cooptar partidos e assim tem feito esta administração”. Segue o apresentador do “Programa Carlos Geilson”: “É um governo que vive tentando engabelar o eleitor”.
Semana passada, o deputado Geilson atacou um dos seus alvos prediletos, os pedágios e as condições da BR 324 – o que faz, aliás, com propriedade, representando o sentimento dos motoristas que estão sendo submetidos a uma rodovia ainda precária e um pedágio que não traz retorno.
“Não podemos esquecer que o governo passado fez um pedágio – o da Linha Verde, mas este governo, atual, construiu 13 praças de pedágios. No governo passado, quando se implantou o pedágio da linha Verde, o atual governador foi o timoneiro dos protestos contra os pedágios e agora faz muito mais praças de pedágios, esquecendo as bandeiras de luta”, afirmou. Geilson diz que não pode ser a favor “de quem está massacrando a população”.
A cúpula do PTN arrasta como uma novela global que teima em não acabar a discussão sobre fazer parte ou não do governo. Geilson, com seu discurso em que ataca a administração atual sem dó nem piedade, vai se afastando cada vez mais de um projeto que venha a unir o partido a Wagner. Por seus conceitos, já expostos à exaustão, praticamente não há mais ambiente para uma aliança nesta gestão.
FONTE:WWW.TRIBUNAFEIRENSE.COM.BR