segunda-feira, 2 de maio de 2011
Médicos anunciam greve na rede estadual baiana para esta terça-feira (3)
O atendimento na rede pública de saúde do estado será suspenso a partir desta terça-feira, dia 3 de maio. Essa foi a decisão confirmada em assembléia quando médicas e médicos que trabalham para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) avaliaram a insustentabilidade das relações de trabalho, bem como dos salários pagos pelo governo estadual, que chegou a ser classificado como um deboche.
De acordo com a categoria, a paralisação será em conjunto com o Sindsaúde, que já havia decidido, também em assembleia, pela greve por tempo indeterminado, a partir do dia 3 de maio.
De acordo com representantes dos dois grupos, a greve é motivada pelas más condições de trabalho e pela má assistência à população, com hospitais superlotados e sem leitos suficientes. Os trabalhadores ainda reivindicam melhoria salarial, com o cumprimento do pagamento da Gratificação de Incentivo de Desemprenho (GID), retroativo a fevereiro de 2010. Ainda segundo com a categoria, o governo não cumpriu a implantação do Plano de Cargos e Salários.
Governo
O secretário de saúde, Jorge Solla, comentou que o governo sempre esteve aberto à negociação com a categoria e tem melhorado as condições de trabalho dos médicos, assim como o atendimento à população. Segundo Solla, os salários dos profissionais foram reajustados em 250% em quatro anos da atual gestão. Além disso, Solla ainda destacou que, após dez anos sem novas contratações, o atual governo realizou um concurso em 2008 e já convocou 5.500 novos concursados, além de ter aberto 1.200 novos leitos e inaugurado cinco novos hospitais. Ele admite que a situação ainda não é a ideal e que falta muito a fazer, já que a demanda ainda é maior que a estrutura de atendimento.
O secretário disse acreditar que a iniciativa da greve esteja centrada em membros da diretoria do sindicato da categoria e que não será aplicada pela maioria dos profissionais. Solla se reúne na tarde desta segunda-feira (2) com representantes dos trabalhadores para uma nova negociação.