sexta-feira, 27 de maio de 2011
MPF decide acolher representação contra Tarcízio e abre procedimento
A expectativa dos vereadores Roberto Tourinho, Marialvo Barreto e Frei Cal, que estiveram no Ministério Público Federal na terça-feira para entregar uma representação contra o prefeito Tarcízio Pimenta, referente a operações no banco Subaé Brasil, era de que o órgão fiscalizador demorasse alguns dias para definir se o caso seria apreciado pelo escritório de Feira de Santana ou por Salvador. Mas a decisão saiu bem antes do que eles imaginavam. O grupo esteve no MPF na terça-feira (24). Na quarta (25), já estava decidido que a representação seria acolhida e ficaria mesmo em Feira, tendo a procuradora Vanessa Gomes como responsável. Foi instaurado um “procedimento administrativo”, que corresponde a um inquérito, para apurar as denúncias. Leia texto do jornalista Glauco Wanderley, do site noticioso WWW.rededia.com.br, sobre o assunto.
MINISTÉRIO PÚBLICO APURA DENÚNCIA CONTRA TARCÍZIO
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento administrativo, para analisar denúncias contra o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (DEM), feitas por quatro vereadores de oposição, encabeçados por Roberto Tourinho (PSB).
Na representação, levada ao MPF na terça-feira, os vereadores pedem prisão do prefeito e indisponibilidade de bens dele e da primeira dama, a deputada estadual Graça Pimenta (PR). Como responsável pelo procedimento no MPF, foi designada no final da tarde de ontem (QUARTA-FEIRA) a procuradora Vanessa Gomes Previtera, que após análise definirá os procedimentos a serem adotados para coleta de provas.
Os vereadores apresentaram denúncias em entrevista coletiva e encaminharam a representação alegando que Tarcízio Pimenta dá demonstrações de riqueza incompatíveis com o patrimônio de R$ 518 mil declarado ao TSE quando se lançou candidato na eleição de 2008. “Ele tem uma casa avaliada em R$ 1 milhão na praia em Guarajuba e vários carros importados”, acusa o vereador Tourinho.
Na entrevista, o vereador apresentou à imprensa cheques administrativos nominais a Tarcízio Pimenta, emitidos pela cooperativa Subaé Brasil, que sofreu intervenção do Banco Central e também está sendo investigada. Os cheques nominais somam R$ 1,7 milhão.
O vereador afirma que no relatório da intervenção do Banco Central um gerente da instituição revelou a existência de “contas VIP” com altas movimentações financeiras. A esposa de Tarcízio é titular de uma delas. Também ocorreram saques em valores superiores a R$ 1 milhão, por parte de um ex-motorista do prefeito, Marcos Paulo Oliveira.
"ELE VAI TER QUE MOSTRAR AS PROVAS", DIZ TARCÍZIO
O prefeito Tarcízio Pimenta diz que as denúncias do vereador são políticas e uma tentativa de antecipar o processo eleitoral de 2012. “O meu patrimônio é declarado e conhecido de todos. Se ele diz que tenho esses bens, ele precisa provar, mostrar escritura”.
Ao ser informado de que os cheques nominais foram apresentados à imprensa, Tarcízio abriu também um processo por quebra de sigilo bancário, contra os vereadores Tourinho, Frei Cal (PMDB), Marialvo Barreto (PT) e Angelo Almeida (PT), que participaram da entrevista e apresentaram a representação no Ministério Público.
O prefeito diz estar despreocupado com as acusações, porque suas declarações de renda foram “aceitas e processadas” pela Receita Federal, sem que houvesse qualquer problema. “Essas acusações são uma prática do vereador, que fez o mesmo contra outros ex-prefeitos. Só não contra o pai dele, José Falcão. Ele faz uma série de acusações para ver se alguma coisa pega”, afirma.
Segundo Tarcízio, há um “alimentador das denúncias de Tourinho”, que o tempo vai mostrar quem é. Ao mesmo tempo lembra que “a imprensa já mostrou com quem o vereador tem ligações políticas”. Ele evita citar o nome, mas se refere ao ex-prefeito e ex-aliado José Ronaldo, a quem Tourinho apoiou em 2010, como candidato ao Senado, pelo mesmo DEM, o partido que por enquanto ainda é o de Tarcízio.
FONTE:WWW.TRIBUNAFEIRENSE.COM.BR