quinta-feira, 16 de junho de 2011
Advogado pede habeas corpus e diz que Edmundo 'está tranquilo'
O advogado Arthur Lavigne entrou no início da tarde desta quinta-feira com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pedindo a liberdade do jogador Edmundo, preso em São Paulo na madrugada. Policiais cariocas devem chegar a São Paulo nas próximas horas para buscar o ex-jogador.
O argumento básico do pedido de habeas corpus é quanto à prescrição do crime de homicídio culposo pela morte de três pessoas, cuja sentença foi expedida em março de 1999. O prazo de prescrição é de 12 anos. O juiz que decretou a prisão de Edmundo entende que o prazo só vence em outubro. O julgamento do habeas corpus ainda não tem data marcada, mas pode acontecer nas próximas horas.
“O juiz que mandou prendê-lo (Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo) está errado. Para ele o crime só prescreverá em 12 anos, completado em outubro. No meu entendimento já prescreveu. Mas a Justiça decidirá este assunto”, disse o advogado ao UOL Esporte.
Após a prisão de Edmundo, Arthur Lavigne teve contato telefônico com o ex-jogador. De acordo com o advogado, o seu cliente está bem tranquilo e confiante na Justiça. Comentarista de TV Bandeirantes, Edmundo disse a Lavigne que, apesar de estar numa cela de 2,5m x 2,5m, sente-se bem e não está abalado com a prisão.
“Conversamos e ele demonstrou muita tranquilidade. Temos um advogado com ele em São Paulo, que está acompanhando o caso. Nossa intenção é tentar resolver este problema os mais rapidamente possível”, disse Arthur Lavigne.
A Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (Polinter), do Rio de Janeiro, deslocou para São Paulo dois agentes na manhã desta quinta-feira. Eles farão a escolta do ex-jogador até à capital carioca. Dois policiais deixaram a sede da polícia às 9h e deverão chegar à delegacia onde Edmundo está preso às 15h.
Comentarista esportivo, Edmundo foi preso por agentes da 3ª Delegacia Seccional Oeste, da Polícia Civil de São Paulo, e conduzido ao 14º Distrito Policial de Pinheiros. O ex-jogador passou a noite numa pequena, com apenas uma fossa de louça, vaso sanitário e uma cama de concreto sem colchão.
Uma denúncia anônima levou a Polícia a um flat na capital paulista onde Edmundo costuma ficar quando está em São Paulo trabalhando. O ex-jogador era considerado foragido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que realizou buscas em quatro endereços (um em São Conrado, na Zona Sul, e três na Barra da Tijuca, na Zona Oeste) supostamente do jogador.
O ex-atleta foi condenado a quatro anos e meio de prisão em 1999, em regime semi-aberto, mas respondia em liberdade. O acidente de carro, ocorrido em 1995, resultou nas mortes de Joana Martins Couto, Carlos Frederico Britis Tinoco e Alessandra Cristini Pericier Perrota. Ficaram feridas Roberta Rodrigues de Barros Campos, Débora Ferreira da Silva e Natascha Marinho Ketzer.