sábado, 23 de julho de 2011
DEPUTADO ANUNCIA ‘PROMESSÔMETRO’ PARA WAGNER
O deputado federal ACM Neto (DEM) aproveitou o momento de avaliação do primeiro semestre para exercitar sua veia oposicionista. Para ele, apesar das dificuldades enfrentadas pela oposição – como a luta do DEM e do PSDB para superar divisões internas – o balanço político semestral é de “grande desgaste do governo Dilma Rousseff”, principalmente por conta dos sucessivos escândalos envolvendo Antonio Palocci e o Ministério dos Transportes. “Fiquei impressionado com o nível de deterioração da base governista. Dilma não é política e já deu provas de que não sabe fazer política”, declarou. Neto teceu críticas ao comportamento do ex-presidente Lula em visita à Bahia. “Lula passou por aqui como se fosse presidente, ficou claro que ele ainda não conseguiu se desapegar do cargo”, alfinetou. O democrata comentou ainda não achar adequada a separação entre os governos de Dilma e Lula. “Eles são uma coisa só. Ela é tão responsável quanto ele pelos escândalos que vieram à tona. Não acredito nessa ideia de herança maldita”, opinou, discordando de seu colega de partido, o deputado federal José Carlos Aleluia. Neto mandou um recado ainda ao governador Jaques Wagner (PT), a quem prometeu dar de presente um “promessômetro”, nos moldes do que foi lançado pelo DEM para fiscalizar as ações da presidente em Brasília. “Wagner será cobrado fortemente no segundo semestre”, avisou.
NETO AVALIA ADVERSÁRIOS E ACHA KERTÉSZ BOM NOME
Enquanto costura alianças de olho no pleito municipal de 2012, o deputado ACM Neto (DEM) avalia seus prováveis adversários na disputa. Diplomático, elogiou o colega de Câmara, Antonio Imbassahy (PSDB), e declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal Bispo Márcio Marinho (PRB), seu vice na chapa de 2008. “Ele conhece Salvador, tem raízes na cidade e entende seus problemas”, afirmou. Sobre as notícias de que o DEM teria condicionado o apoio ao PMDB na eleição para prefeito de São Paulo ao jogo de alianças para a sucessão na capital baiana, Neto foi enfático ao refutar a possibilidade de trocas de indicações. “A prioridade do DEM em São Paulo é a candidatura própria, mas não descarto a possibilidade de aliança. Só garanto que não haverá trocas de indicação como foi dito por aí”, sentenciou ao comentar os rumores de que os democratas apontariam o vice de Gabriel Chalita em São Paulo e, em clima de reciprocidade, o PMDB designaria o vice de Neto em terras soteropolitanas. O deputado contou ainda ver com bons olhos a agitação peemedebista em torno do radialista Mário Kertész. “Mário é um bom nome e eu acho importante que o PMDB tenha nomes fortes. Mas temos que ter critérios para definir quem é o melhor candidato”, afirmou. Ao ser questionado sobre quais seriam estes critérios, Neto não perdeu de vista o mantra da “chapa mais forte possível para ganhar as eleições”, mas citou as pesquisas de intenção de votos com a população. Minutos antes, o democrata havia comentado o fato de seu nome aparecer em primeiro nas sondagens realizadas até então, um sinal do desejo de ver a oposição marchar unida sim, mas em torno dele, claro.