quarta-feira, 27 de julho de 2011
Dilma Rousseff usa Pelé para se afastar de Ricardo Teixeira na organização de 2014
Às vésperas de sua primeira aparição num evento oficial relativo à Copa do Mundo de 2014, a presidente Dilma Rousseff impôs uma derrota política a Ricardo Teixeira ao nomear Pelé embaixador do Mundial no Brasil.
PELÉ OFUSCA TEIXEIRA EM PROPAGANDA
Desde a era Lula, o governo federal queria o ex-jogador na presidência do COL (Comitê Organizador Local). Mas o dirigente não abriu mão do cargo. E driblou o desejo governamental anunciando que o ex-atleta faria parte do comitê. Mas Pelé foi deixado de lado.
Agora, o ex-craque ganhou o cargo por decreto assinado pela presidente, o que dá força à sua nomeação. Ele irá representar o governo em ações ligadas ao Mundial. O poder de Teixeira em nada mudará. Mas Dilma deixa claro que preferia Pelé no lugar do dirigente.
Segundo um integrante do Governo Federal, que pediu para não ser identificado, a presidente avalia que o Brasil está ajudando a promover a Copa do Mundo, beneficiando a Fifa. Com Pelé na linha de frente, ela espera fazer o contrário. Quer usar o Mundial para promover o país.
Além disso, Dilma aproveita para associar o evento no Brasil a um personagem identificado com o país. E com uma imagem simpática aqui e no exterior. O mesmo não se pode dizer sobre Teixeira.
O desgaste sofrido pelo cartola com seguidas denúncias, acompanhadas pela desastrosa entrevista para a revista Piauí, incomodaram a presidente. E ela demonstrou isso publicamente se aproximando de Pelé, com quem o dirigente tem um histórico de rusgas.
Assim, Dilma se distancia mais do cartola, que já teve pelo menos dois pedidos de audiência negados. Ela irá prestigiar a festa de Teixeira no sábado, mas depois de mandar seu recado.