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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mágoa, dor, decepção: 'Frustração maior que o Beira-Rio', diz Falcão


Paulo Roberto Falcão vestiu uma camisa vermelha para se despedir do Inter nesta segunda-feira. Ou para dizer “até mais”. Muito magoado, muito emocionado, lutando contras as lágrimas, sentindo na pele uma das maiores decepções de sua vida, o ex-treinador colorado deixa o Beira-Rio convicto de que um dia voltará. Até lá, tentará controlar o coração que, como disse ele, “está sangrando”.
- O tamanho da frustração é maior do que o Beira-Rio. Esperava que as coisas fossem um pouquinho diferentes. (...) A frustração é enorme. A tristeza, também. Essas coisas amadurecem a gente. No momento certo, as coisas vão acontecer de uma maneira diferente. Lamento que não tenha acontecido no Internacional. Queria títulos em cima de títulos. Não temos certeza absolutamente de nada, mas sinto que em uma nova situação, com pessoas do ramo, que entendam o que é o futebol, vou voltar a trabalhar no Internacional – disse ele.
Foi uma entrevista histórica para o Inter. Nela, Falcão deixou um agradecimento aos jogadores, emocionou-se ao falar da torcida e fez fortes ataques (com a educação habitual, sem agressões) ao presidente do clube, Giovanni Luigi, o responsável por sua demissão. Disse que não recebeu os reforços prometidos. E manifestou certeza de que agora eles chegarão - sugerindo uma espécie de boicote a ele. Questionado sobre o grau de aproximação com o mandatário, ele não tirou o pé:
- É zero.
Falcão se mostrou convicto de que assumiu o cargo contra a vontade de Luigi. E deixou no ar uma possível tentativa de interferência na escalação.
- O presidente tem uma maneira de trabalhar que não é a minha maneira. Você acha que o presidente me queria treinador do Internacional? E você? E você? Se ele não me queria, a relação nasce ruim. Não tenho o hábito de dar a escalação antes do jogo. Dou para os jogadores. O treinador não pode discutir escalação. Se o resultado não acontece, tem de ser cobrado. Discutir escalação, não pode. Ou confia no profissional, ou troca – disse Falcão.
O treinador conversou com os jogadores antes da coletiva de despedida. Agradeceu a cada um deles. Abraçou os atletas, um por um:
- Gostaria de começar meus agradecimentos com os jogadores do Internacional, que entenderam sempre todas minhas manifestações. Tudo que fiz, foi em benefício da instituição. Eles sempre tiveram a mesma disposição, porque queriam ganhar tanto quanto eu. Tivemos uma relação extraordinária.
Em seguida, Falcão esteve à beira das lágrimas. Teve que se controlar para não chorar no instante em que falou dos torcedores:
- Eles são nossa razão de ser. Meu trabalho foi de coração. Claro que vou continuar sendo torcedor do Internacional. Trabalhar aqui sempre foi um sonho. Joguei aqui desde os 16 anos.
Falcão disse que sentia uma necessidade diária de vitórias, sob pena de ser demitido. E valorizou o fato de sempre ter recebido o apoio da maioria dos torcedores. De quebra, deixou forte crítica à diretoria.
- Essa relação com o torcedor do Internacional nunca se fragilizou, mesmo quando estive na imprensa. Sempre aumentou. Naquele momento em que já sentia a necessidade de ganhar, ganhar, ganhar, e uma desconfiança em cima do meu trabalho, eles sempre estiveram junto. A esse torcedor, quero dizer muito obrigado pelo carinho, pela atenção. Eles têm que continuar apoiando o Internacional. O Internacional é maior do que as pessoas que o comandam hoje. Muito maior. No momento certo, vai ter pessoas com a grandeza do clube para dirigi-lo – afirmou.
- Não vou analisar a figura do presidente. Não vamos perder tempo com isso – completou.
Falcão chegou ao Beira-Rio em 11 de abril disposto a formar um time que encantasse, que o deixasse feliz à beira do campo. Queria bater recordes de permanência. Exatos 99 dias depois, deixou o Inter. De camisa vermelha, com mágoa, com dor, com decepção – e convicto de que um dia voltará.