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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

LEIA ENTREVISTA COM JAQUES WAGNER


Bahia Notícias: O governo do Estado decidiu construir metrô na Avenida Paralela, em um processo tumultuado, com a defesa de posições muito travadas via imprensa, alguns pró-BRT, outros pelo metrô. Como o senhor observou esta disputa pelos modais?

Jaques Wagner: Eu estranhei a forma com alguns travaram esse debate. A escolha é técnica, não há paixão ou preferência. No mundo inteiro ônibus, BRT, Metrô e VLT muitos deles convivem juntos. Londres tem um dos melhores sistemas de metrô do mundo e ao mesmo tempo 60% do povo é transportado através do ônibus. Realizamos o concurso público de idéias (o PMI) e a nossa equipe técnica junto com a Universidade Federal do Rio de Janeiro analisaram e ficou claro que o trecho de metrô era melhor não só pelo volume de tráfico previsto, não para hoje, mas para daqui a 15 anos. E esse metrô vai contribuir para viabilizar a Linha 1, que vai da Lapa à Estação Pirajá. Este trecho sozinho teria um custo pro estado muito elevado, porque baixa o número de passageiros e o subsídio da passagem seria R$ 11 por passageiro. E a presidente Dilma disse que só colocaria dinheiro aqui se ajudasse a viabilizar esse trecho de metrô, que virou um trauma, 12 anos em construção. Um projeto que não é nem culpa do prefeito atual. Temos que pensar também como estender esse metrô até Cajazeiras, que legitimamente os moradores pedem.

BN: Aos 47 do segundo tempo, o Setps lançou uma carta oferecendo R$ 600 milhões para construir o BRT, depois que o metrô já estava escolhido. Como o senhor recebeu essa carta?

JW: Legitimamente, os empresários tem o direito de defender os seus negócios. Agora a cidade não pode ser refém do interesse do negócio, seja ele qual for, muito menos do serviço público de transporte. A cidade tem que escolher o que é melhor para ela e o empresário se adaptar à escolha da população e do poder político, e não ao contrário. A oferta é estranha porque o Setps participou do PMI, junto à Odebrecht. Do projeto deles algumas idéias serão aproveitadas. A complementaridade será ônibus e BRT. A rodoviária deve ir para a ponta entre a Estação Pirajá e a Avenida 29 de Março, que vamos abrir. Para chegar até lá, não está previsto metrô. Pode ser BRT. Aquela oferta é estranha porque deveria ter sido apresentada no projeto que foi levado ao concurso de idéias. Essa oferta veio mais para confundir do que para esclarecer. Eu me pauto naquilo que é o melhor para o interesse público.

BN: Porque a decisão de limitar o número de consultar do Planserv?

JW: Este é um sistema para melhorar e não para limitar. O Planserv melhorou muito sua oferta e as clínicas batem na porta do Planserv. Mas para atender bem, temos que atender quem tem o direito. Não dá para ficar sustentando uma indústria de exames. O cidadão faz vários exames e acaba excedendo e onerando o plano. Às vezes acontece de pessoas que não tem o direito que acabam indo e fazendo o exame. Se tiver um excesso desses exames, começa haver o pagamento do próprio usuário, para que ele também nos ajude a controlar os excessos que possam acontecer.

Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias


BN: Essa limitação não prejudica quem está em tratamentos, quem tem que bater em emergência com mais freqüência. Não vai criar um problema com o funcionário público?

JW: Essa proposta foi estuda por equipes técnicas que acompanham o Planserv há 5 anos e sabe identificar a média de uso normal das pessoas. Nada é estático, se a gente constatar que alguma coisa daquilo que foi aprovado na teoria, na prática se mostra ineficiente, a gente tem a capacidade de alterar. O nosso objetivo é otimizar o plano. Tenho que cuidar para que o orçamento do Planserv caiba dentro do orçamento do Estado. Se for constatado algum limite que ofenda o direito à necessidade de emergência... Se você tem emergência na rua, você não pode dizer que bateu no seu teto ou não. Emergência é emergência. O nosso objetivo maior é o controle de exames que são muitas vezes repetidos sem necessidade. Há uma indústria de demanda desse exame, isso aí é uma coisa constatada.

BN: Como fazer para tirar quem está no mundo do crack e trazê-lo para a viver na sociedade?

JW: Trabalhamos nas duas pontas, contratamos 8 mil policiais no primeiro governo e contrataremos mais 8 mil neste, e estamos gerando empregos. Neste ano até julho foram 65 mil novos empregos. Agora os que já estão intoxicados esse é um tratamento muito caro. Temos uma Superintendência de re-socialização e junto com o Governo Federal vamos fazer parcerias com as comunidades terapêuticas. Havia uma resistência, mas agora realizaremos parcerias. Mas é bom lembrar que a volta é difícil. A taxa de reincidência quando está dominado do crack, depois de descontaminado, é de 70%. Parte do que vivemos é pela quebra de valores da família, parece que estão todos ensandecidos, só querem saber de ter, comprar.

BN: O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) disse que ouviu do senhor que o interessante seria trabalhar pela unidade na eleição para prefeito de Salvador. Já a deputada Alice Portugal (PCdoB), que também é pré-candidata, ressaltou que são 7 candidaturas da base do governo e defende que haja essas candidaturas até o final. Qual o melhor camininho?

JW: Defendo que em abril do ano que vem a gente construa a maior unidade possível dento da base. Não só na capital como nas 417 cidades da Bahia. Quanto mais estivermos juntos agora, mais vamos trabalhar para estar juntos em 2014, onde se tem um embate de Governo do Estado e da Presidência. Agora eu não vou amarrar pé e mãos das forças políticas que estão na base. Os partidos tem legitimidade de apresentar. Como pesa a palavra do governador, eu não vou antecipar minha palavra porque é a hora das energias partidárias serem colocadas nas ruas e cada um poder ter o direito de se colocar. Não vou impor uma candidatura única, a não ser que a conjuntura de 2012 faça-se necessária. Eu não sei como a oposição vem de lá para cá. O lado de lá ainda não tem se vai ser uma candidatura só, se são duas, se três. A depender de com que tática vierem de lá, a gente também tem que montar a nossa de cá. Agora é claro que não vou querer entrar em uma eleição com 6 candidaturas. Entramos com três na última vez, mas como o governador atualmente não é o mandão, eu vou colocar minhas idéias. Como aqui tem dois turnos, todo mundo quer colocar-se para se juntar no segundo. O jogo da política é de muita paciência. A gente daqui até março tem como ir apurando isso e restringindo o número de candidatos, se possível concentrando em um só.

Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias



BN: O senhor é a favor da PEC 300, que cria um piso para os policias em todo o país?

JW: Se disser de onde vem o dinheiro, eu sou a favor. Se não, aí fica complicado. Vivemos em uma federação de 27 estados com diferenças gritantes de orçamentos. A Bahia apesar de ser a 7ª maior economia, o orçamento é o 24º pior per capita do país. Temos R$ 26 bilhões para 14 milhões de baianos. Sergipe tem R$ 6 bilhões para 2 bilhões de sergipanos. Nosso orçamento deveria ser R$ 42 bilhões. Muito estado não tem orçamento para pagar um piso alto. Se votarem um fundo e disserem de onde vem o dinheiro para esse fundo, aí tudo bem. Merecer, todo mundo merece salário melhor. Agora governar é trabalhar dentro do orçamento que você tem.

BN: Como o senhor avalia a condução da presidente Dilma nos casos de corrupção em seu governo?

JW: O combate a corrupção deve ser tarefa de todos os dias, mas não a tarefa central. O Brasil não pode parar, com a construção de estradas, geração de emprego, saúde, segurança, por conta do combate à corrupção. Mas infelizmente o ser humano se encanta pelo dinheiro e o cara quer chegar no patrimônio de qualquer forma. Dilma é totalmente intolerante com qualquer coisa mal feita com o dinheiro público. Antônio Palocci (Fazenda) não saiu por acusações dentro do governo. Veio à tona que ele tinha uma empresa com faturamento elevado, acima do normal. Ele se reservou o direito de dizer quem eram seus clientes e acabou ficando em um ambiente ruim. Depois vieram as denuncias de superfaturamento nas estradas e aí ela chegou e deve ter constatado que efetivamente coisas erradas aconteceram e substituiu o ministro Alfredo Nascimento, ele próprio pediu para sair. O Nelson Jobim deu declarações sobre colegas que eram impróprias e indevidas. Ele fez colocações absolutamente desnecessárias. O voto secreto: você declara ele publicamente ou para agradar ou para agredir.

BN: Ele disse que votou em José Serra...

JW: Eu não sei em quem ele votou. Mas só para dizer ‘estou aqui mesmo tendo torcido contra a senhora’. Ai não dá para ficar. Agora, o ministro Wagner Rossi, a operação daquele lobista dentro do ministério foi constatada e ele mesmo entregou a carta de demissão. Eu acho que o estilo dela é diferente do Lula. O Lula é um grande comunicador, um comunicador de massa, um grande ‘palanqueiro’. A Dilma tem uma formação diferenciada. Ela vem muito mais da gestão. E agora está provando o que já sabia: é boa de condução, é dura. O sistema dela pode ser que seja um pouco mais bruto do que o sistema do presidente Lula, que até por ter uma construção mais da política, talvez seja mais tolerante com as coisas que... ele pondera mais.

fonte:BAHIA NOTICIAS