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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Meu nome continua na disputa por Feira


O ex-deputado federal Colbert Martins Filho, do PMDB, diz que foi injustiçado ao ser preso por assinar convênios com uma ONG que serviria para desvio de verba do Ministério do Turismo. Secretário Nacional de Desenvolvimento da pasta, Colbert diz não haver provas contra ele e que “os fatos” vão mostrar sua inocência.

Para ele, a exposição de fotografias feita pela PF era um ato criminoso. “Vazamento de informações, isso não pode acontecer. Há exagero”. Questionado sobre a possibilidade de acionar o Estado na Justiça, o peemedebista disse que vai pedir retratação à honra juridicamente.

E completa: “tenho certeza que volto mais fortalecido”. Tão fortalecido que dá sinais de que vai entrar na disputa pela Prefeitura de Feira, em 2012. Nesta entrevista à Tribuna, Colbert fala sobre a recente entrada do prefeito Tarcízio Pimenta no PDT e diz que a disputa do próximo ano renderá novidades em todo o Estado. “Não tenho exata ideia do tamanho, mas tenho impressão de que este ano implicará em mudanças importantes na condução política em todas as prefeituras da Bahia”.

Tribuna – Qual a sensação de retornar à Bahia?
Colbert Martins – A sensação é de alegria e de muita paz. Retorno ao contato com meus amigos, meus familiares e minha terra. Volto com a cabeça erguida.

Tribuna – O senhor falou que foi injustiçado. Qual é o sentimento?
Colbert – Eu acredito que a forma é que tem que ser discutida. Sou servidor público, tenho lugar fixo, eu poderia ter sido ouvido sem nenhum tipo de dificuldade. Eu fui transferido de São Paulo para Macapá para poder dar um depoimento de 25 ou de 30 minutos. Uma lista de perguntas que eu poderia ter respondido em qualquer lugar. Então, eu acho que essa forma precisa ser diferenciada e a exposição também me deixou muito magoado como as coisas aconteceram.

Tribuna – E o que de fato aconteceu?
Colbert – Não tenho exata ideia do que está ocorrendo. Respeito a instituição Polícia Federal. Digo, inclusive, que fui muito bem tratado do ponto de vista legal de todas as formas pelo delegado lá em São Paulo, na superintendência em São Paulo, e logo em seguida, sem nenhuma dificuldade também lá em Macapá. A exposição de fotografias é um ato criminoso, o vazamento de informações, isso não pode acontecer, e eu acredito que há um exagero no uso de algemas do grupo que estava presente. Eu reitero: uma senhora com mais de sessenta anos de idade, que está saindo de um tratamento de quimioterapia de um câncer, acaba tendo um procedimento padrão com divulgação de imagem, e eu acho que isso tem que ser corrigido. Foi a senhora Gláucia, uma servidora do Ministério (do Turismo).

Tribuna - Na imprensa circulou uma gravação em que o senhor cita o nome do senador José Sarney (PMDB). Algum procedimento errado aí?
Colbert – É uma gravação que não tem nada a ver com a situação. Trata-se de uma emenda do senador José Sarney para um píer na cidade de Macapá. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Essa obra está prevista numa emenda de 2009 e está para terminar o feito (da emenda) por determinação da presidente (da República, Dilma Rousseff – PT) no próximo dia 30 de setembro. Então, a ideia era apressar a liberação para que a obra não seja simplesmente cancelada e não tem nada a ver com a situação, a não ser se houve interesse de atingir o presidente do Senado (Sarney) pela citação.

Tribuna – De que forma pretende provar sua inocência?
Colbert – Mostrando que não é fato. Eu recebi um processo fechado com um laudo técnico conclusivo de que o convênio está em andamento. O convênio, aliás, vai terminar no dia 30 de setembro (de 2011) ainda. E, com base nisso, não foi só este, assinei outros convênios. Fiz a solicitação de um servidor no dia seguinte, dia 13 de abril (2011), para poder ir em Macapá verificar a obra e isso não aconteceu por outras dificuldade e outras razões. Mas, a parte que me cabia fazer, como fiz com dezenas de outros convênios, assinei o documento.

Tribuna – Vai pedir uma retratação de seus direitos na Justiça?
Colbert – À minha honra, aos meus amigos, à minha terra, aos meus familiares, eu devo essa resposta. Vou esperar que isso possa evoluir para o que eu entendo que é adequado, que é exatamente mostrar que não há fato para que eu possa ser... Tanto que inicialmente a Procuradoria da República lá no Amapá cogitou denúncias a meu respeito e eu vou aguardar respeitosamente a posição da Justiça e do TCU (Tribunal de Contas da União). Reitero: se eu tivesse na minha mesa qualquer determinação do Tribunal de Contas da União, da Controladoria Geral da União e do Ministério Público Federal ou da Procuradoria da República ou qualquer determinação judicial ou qualquer determinação que a Polícia Federal enviasse, essa assinatura não teria acontecido. O que houve foi pedido de informações, vários. Inclusive, informações da Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas no Amapá porque até hoje, como este convênio está em andamento, não há um julgamento dele pelo Pleno do Tribunal de Contas. Aí os acórdãos passam a ter força de determinação.

Tribuna – O PT poderia estar por trás do vazamento das imagens?
Colbert – Não. Não acredito. Eu não acredito em partidos. Eu acho que o que aconteceu precisa e deve ser apurado lá pelo governador do Amapá e acredito que isso deva ser feito e exemplarmente sejam punidos aqueles servidores públicos que utilizaram dessa forma absurda de utilização da imagem, isso é quase uma arma. E também dos vazamentos da própria operação (Operação Voucher). Diálogos, tudo isso está em segredo de Justiça. Por que essas coisas vazaram? Se há vazamento, que essas coisas também sejam responsabilizadas às pessoas que fizeram.

Tribuna – Circula nos bastidores que o alto escalão do PMDB está fazendo pressão para que o senhor seja indicado para a Secretaria Executiva da pasta. Existe essa possibilidade?
Colbert – Não há pressão. Houve uma sugestão do líder, na próxima (nesta) semana, inclusive, haverá reunião da bancada do partido. O que eu quero é só retornar ao Ministério quando estiver provado que eu não tenho absolutamente nada a ver com isso.

Tribuna – Pode-se dizer que Colbert Martins volta mais fortalecido?
Colbert – Eu acho que, do ponto de vista pessoal, sim. É uma situação extremamente difícil, você ir para um local com mil e setecentos homens presos, quatrocentas mulheres, num estado de setecentas mil pessoas. Um local extremamente difícil, uma sala de quatro por três (metros), doze metros quadrados, seis pessoas, um lugar que não tem água tratada. Não estou falando somente lá da sede da polícia. A cidade de Macapá não tem água tratada. Essa dificuldade é muito grande. O que eu vi foi o que eu tive de minha mulher, de meus filhos, de meus amigos, da minha cidade, do meu estado, da minha Bahia que eu tanto representei. Quanto ao mais, eu vou avaliar com muita clareza de agora por diante e agradecer ao meu partido, que teve uma posição muito forte. Geddel Vieira Lima (vice-presidente da Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal), Michel Temer (vice-presidente da República), Henrique Alves (líder do governo no Congresso), Valdir Raupp (presidente nacional do PMDB) e todo o partido.

Tribuna – Foi unânime a manifestação de apoio ao senhor no estado. Como se sente?
Colbert – Me sinto gratificado porque nós plantamos o tempo inteiro uma vida, aí já vem de meu pai, da minha família, uma vida ligada à política, mas pautada o tempo inteiro por uma linha de intransigência com relação à honestidade. Eu agradeço muito e esse reconhecimento eu devo à Bahia.

Tribuna – Embora ainda falte mais de um ano para as eleições municipais, o embate está quentíssimo. Seu nome continua a postos para a disputa pela Prefeitura de Feira de Santana?
Colbert – Continua. Agora, este momento é um momento que eu vou tratar exatamente de mostrar que na há fatos e vou mostrar as minhas posições. Neste momento, essas questões de 2012 passam a ter um segundo plano.

Tribuna – Acha que o episódio pode, de alguma maneira, assim como aconteceu com o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, fortalecê-lo na disputa?
Colbert – São momentos e histórias diferentes, mas com o mesmo fundamento. Houve um exagero na exposição do Luiz Caetano e depois foi provado que não tinha nada a ver. Pode ser análogo. Também lembro o ex-ministro da Saúde Humberto Costa. Lembra daquele episódio das sanguessugas? Humberto Costa recebeu uma denúncia anônima, transformou a denúncia anônima em denúncia dele, ministro, apresentou à Polícia Federal, ao Ministério Público, se afasta para ser candidato ao governo de Pernambuco, o Ministério Público denuncia como responsável pelo escândalo e ele perdeu a eleição em 2003. Agora, em 2007, o Ministério Público disse que não tem prova nenhuma contra o atual senador Humberto Costa. Esses casos são análogos.

Tribuna – Voltando a 2012. Quais são suas estratégias para buscar apoio para a candidatura? Como observa o cenário local? A saída do prefeito Tarcízio Pimenta do Democratas, isso vai dificultar o embate?
Colbert – Essa mudança é um fato novo, aconteceu há muito pouco tempo. Eu acho que todo o sistema aqui na Bahia deverá ter eleições diferentes do que já aconteceu nos últimos dois anos. Eu tenho impressão de que teremos grandes novidades. Não tenho exata ideia do tamanho, mas tenho impressão de que este ano implicará em mudanças importantes na condução política em todas as prefeituras municipais da Bahia.

Tribuna – O embate direto entre José Ronaldo (DEM) e Tarcízio Pimenta (PDT) poderia favorecer sua candidatura?
Colbert – Não tenho exata ideia com relação a isso e, como nós estamos com mais de ano de antecedência nessa conversa, eu acho que as coisas podem ter modificações no decorrer do tempo. Eu vou aguardar muito para ver como as coisas se encaminharão. De qualquer forma, eu tenho que agradecer tanto ao prefeito Tarcízio Pimenta quanto ao ex-prefeito José Ronaldo por terem manifestado em todo momento muita solidariedade a mim e à minha família.

Tribuna – Que recado manda aos que o apoiaram nesse momento difícil?
Colbert – Eu quero agradecer a cada uma dessas pessoas, como estou agradecendo aos meus amigos, à minha família, e dizer que eu prezei a vida inteira, e aí meu pai e minha mãe, que estão lá em cima observando isso, sabem que eu sou testemunha e vou ser mais do que testemunha e participante permanente para que essas pessoas possam saber que eu estou lutando e luto o tempo inteiro na linha da honestidade, na linha da forma correta de encaminhar a vida. Represento a minha terra e antes de qualquer coisa a minha responsabilidade está na linha da honestidade, está na linha do respeito. Isso eu faço questão de continuar, deixando ampla essa lista de pessoas, o governador Wagner (PT), que me ligou, inclusive, também. Quero agradecer muito também a Geddel pela força, a Afrísio, a toda a família Vieira Lima, a todos os meus amigos e garanto que eu não vou decepcioná-los.

FONTE:TRIBUNA DA BAHIA
Colaboraram: Fernanda Chagas e Romulo Faro