terça-feira, 2 de agosto de 2011
O ENCOURAÇADO PMDB CONVENCE DILMA. FÁCIL, FÁCIL
Há cerca de 10 dias, talvez menos, o PMDB, através do seu líder na Câmara, Henrique Alves, disse que o seu partido estava “positivo”, enfim, invulnerável em relação à práticas de corrupção. Ao mesmo tempo alardeava-se que a presidente Dilma não pretendia entrar em choque com o partido, seu principal aliado. As peças estão se encaixando. A presidente não está com a mínima vontade em agir em relação às denúncias contra o Ministério da Agricultura, comandado por Wagner Rossi, do PMDB, como o fez com o Ministério dos Transportes. O ministro foi denunciado por Oscar Jucá Neto, irmão de Romero Jucá, líder do governo no Senado. No caso, já não é denúncia, mas, sim, “briga interna dentro do partido”. A presidente deveria acionar a CGU e a Polícia Federal. Acionou, porém, o próprio PMDB. Romero Jucá pediu desculpas pelo irmão e ela foi avisada na noite de ontem que a legenda “se acertou internamente:” mandará Wagner Rossi se explicar na Comissão de Agricultura da Câmara (?). Tudo bem arrumadinho. Na Comissão será mamão com mel. O ministro sairá de lá aplaudido, após “convencer” os deputados da correção do Ministério, que será, naturalmente, santificado. E toca o bonde que os corruptos correm atrás.
(Samuel Celestino)
BARRADOS NA FICHA LIMPA QUEREM RETROATIVO
Deputados federais barrados pela Lei da Ficha Limpa, mas que conseguiram tomar posse na Câmara, querem recuperar os salários retroativos. João Pizzolatti (PP-SC), que assumiu o mandato no último dia 13, pediu estudo para sua assessoria jurídica com o objetivo de verificar se tem direito aos vencimentos. “Pedi, mas nem sei se vou pedir o ressarcimento. O meu maior prejuízo foi não poder assumir meu mandato desde o começo”, desconversou em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. Os parlamentares Janete Capiberibe (PSB-PA) e Magda Moffatti (PTB-GO) também assumiram o mandato no último dia 13 e um dia depois já entraram de férias remuneradas, por conta do recesso parlamentar. O salário de julho foi calculado proporcionalmente aos dias trabalhados. Ou seja, os deputados receberão metade do rendimento bruto, que é de R$ 26,7 mil.
ARAÚJO: 'CARLOS GEÍLSON FOI DESELEGANTE'
O presidente do Conselho de Ética da Câmara Federal, deputado José Carlos Araújo (PDT), criticou nesta segunda-feira (1º) a reação, considerada deselegante e descabida, do colega deputado Carlos Geilson (PTN), após comentar a decisão do pedetista baiano de levar para a discussão na Casa o uso da verba idenizatória para o custeio de programas de rádio e TV. “Prefiro simplesmente lamentar que a carapuça tenha lhe vestido tão bem. Independentemente das minhas possíveis limitações, no que toca à minha atuação no meio radiofônico, asseguro ao deputado estreante em plenário que elas não são nenhum empecilho à minha atividade nem no rádio – sou radialista sim – nem na Câmara. Tanto que já estou em meu sexto mandato. Ao passo que Carlos Geilson, ainda debutante e aprendendo os primeiros passos na Assembleia Legislativa da Bahia, muito ainda tem que andar para chegar onde cheguei”, disparou. Em nota enviada ao Bahia Notícias, o parlamentar afirmou ainda que este procedimento é comum e denota a preocupação com a transparência, a ética e, sobretudo, com o bom uso do dinheiro público. “Esta não é uma prática salutar já que dá margem a que políticos adversários utilizem tal direito para ataques com finalidades político-eleitorais e/ou partidárias”, justificou.