O Conselho Regional de Odontologia, que comandou a operação que resultou no flagrante ocorrido no bairro Tomba, terça-feira (11), em que um homem foi detido acusado de exercício ilegal da profissão, informa que em Feira de Santana há pelo menos 100 pessoas atuando irregularmente como dentista.
A descoberta da atividade irregular de Mike Nelson Borges Vitória, esta semana, ocorreu graças a informações de vítimas do pseudo-odontólogo. Ele negou a atividade. Disse que intermediava clientes para um colega. Mas o suposto colega não foi localizado.
"Ele não é um profissional legalizado. O local não tem condições de higiene e é um risco à saúde das pessoas”, afirmoua fiscal da Vigilância Sanitária de Feira de Santana, Karine Ramos.
Segundo o site do programa "Acorda Cidade", o representante do Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CROBA), Sérgio Santiago, que acompanhou a ação, foram encontrados prontuários e orçamentos assinados por Mike, "o que atesta a prática ilegal da profissão. “Os documentos datam de 2009 e caracterizam o crime”.
O local não tinha alvará e foi interditado. Sequer os equipamentos eram esterilizados. De acordo com as autoridades, é a segunda vez que Mike é detido na cidade pela mesma prática – há cinco anos ele teria sido detido pela primeira vez.
Sem atendimento, gestantes perdem bebês no Hospital da Mulher
Perderam os bebês nesta quinta-feira (13) duas gestantes que não conseguiram atendimento no Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher), em Feira de Santana. Uma delas, Ângela da Silva, saiu em uma ambulância do município de Água Fria, percorreu vários hospitais em Feira de Santana e ao chegar ao Hospital da Mulher, por volta das 7h30 foi informada de que não havia vagas.
“Minha esposa estava sentido fortes dores, e tivemos em vários hospitais aqui em Feira, mandaram a gente ir para o Hospital da Mulher e quando chegamos disseram que não tinha vaga. Ela ficou no carro sangrando, provavelmente abortando e mandaram a gente ir para Salvador”, contou Gerson Félix da Silva, esposo de Ângela. Muito preocupado, ele disse que só iria sair depois que a esposa dele fosse avaliada. “Quem iria assumir a responsabilidade se ela morrer no caminho?", questionou.
O motorista da ambulância, Jean Cleber Costa Cardeal, informou que o município não tem médico obstetra e que sempre é feito o serviço de transferência. Ele teve receio de levá-la de volta porque não sabia o risco que a gestante podia correr durante o percurso. “A ambulância está toda ensaguentada. Só viemos para cá porque o Hospital da Mulher é de referência na região”.
Outra gestante, Geisa Oliveira da Silva, 19 anos, grávida de dois meses, também estava sangrando muito e não foi imediatamente atendida. A mãe dela, Valdeci de Oliveira, disse que chegou ao hospital às 4h e que foi a outro hospital, mas também não foi atendida e por isso retornou para o Hospital da Mulher. A jovem mora no bairro Ponto Central, em Feira de Santana.
A secretária da direção do hospital, Monaliza Lorene, informou que hoje pela manhã a unidade estava superlotada e que foi feito o possível para atender as duas mulheres a tempo. Ela disse ainda que Ângela já tinha expulsado o feto no caminho para Feira de Santana e que quando conseguiram colocá-la dentro do hospital ela já tinha perdido o bebê.
“A direção chamou a médica para fazer a avaliação dela, mas a mesma só foi até lá depois porque estava na hora da troca do plantão ela ainda estava atendendo outras pessoas. Em nenhum momento o hospital negou atendimento às duas gestantes”, assegurou.
Grávidas de Feira de Santana e de mais 100 municípios circunvizinhos contam com atendimento do Hospital da Mulher. A unidade é referência em atendimentos a parturientes e também a recém nascidos de alto risco. De janeiro a agosto deste ano, já realizou 3.053 partos e foram atendidas 12.618 mulheres.
Fonte: Acorda Cidade
Greves causam aumento da inadimplência no comércio
A inadimplência no mês de setembro cresceu 27% em comparação ao mesmo período do ano passado. É o que informa o diretor executivo do Serviço de Proteção ao Crédito da Câmara de Dirigentes Lojistas de Feira de Santana, Rui Santana.
De acordo com ele, um dos fatores que podem ter contribuído para o aumento da inadimplência é a greve dos Correios (cujos funcionários retornaram ao serviço nesta quinta-feira, 13), e a greve dos bancos. “No levantamento que efetuamos referente a inadimplência, houve esse aumento e a greve pode ter prejudicado, já que muita gente sente dificuldades para realizar os pagamentos”, disse o diretor.
Rui Santana informou ainda que de janeiro a setembro desse ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, a inadimplência aumentou 15%. Segundo ele a inadimplência no mês de outubro pode continuar em alta se a greve dos bancos permanecer. “Acredito que é possível que o percentual continue em alta. Recomendamos que consumidores e empresas procurem alternativas para efetuar esse pagamento”.
Fonte: Acorda Cidade
FONTE:TRIBUNA FEIRENSE
