Aos que anseiam pelos investimentos prometidos e, consequentemente, pleno funcionamento do Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana, cada citação de autoridade, nesse Estado, serve de alento. No fim de semana, o jornalista Samuel Celestino fez menção, em sua coluna no jornal “A Tarde”, a entendimento do senador baiano Walter Pinheiro sobre o assunto.
O jornalista escreve sobre a “deficiência da infraestrutura de transportes” na Bahia, vista pelo senador como um entrave para o desenvolvimento econômico do Estado, a exemplo da consolidação do nosso pólo automobilístico – recentemente, a Bahia perdeu a oportunidade de receber mais uma montadora.
Em trecho do seu artigo, Celestino diz que Walter Pinheiro, empenhado que está, em seu mandato, no desiderato de buscar essa infraestrutura de transportes para o Estado, relaciona entre as prioridades a ampliação do aeroporto de Feira de Santana “para servir de suporte ao escoamento da produção da região”. A cidade sonha com um aeroporto que não apenas sirva para transporte de cargas, mas também de passageiros, visto que cerca de 10 mil pessoas, daqui e da região, têm que se deslocar a Salvador para ir a São Paulo e outros centros.
Um absurdo que, no Nordeste, apenas aqui encontra precedente. Em Caruaru, Campina Grande e até em Conquista, todas essas cidades com movimento de passageiros bem inferior ao nosso, ninguém precisa viajar 110km, enfrentar engarrafamentos e pagar caro para guardar o automóvel, para tomar um avião.
Pois é. Depois do disparate do secretário Zezéu Ribeiro, do Planejamento, há um ano e meio, mais ou menos, que declarou que o aeroporto de Feira não é prioridade do Estado, pelo visto os seus colegas de governo, com maior juízo – e boa vontade com esta cidade – resolveram corrigi-lo.
O vice-governador e secretário de Infra-Estrutura Otto Alencar foi quem primeiro defendeu com vigor, e publicamente, a revitalização do aeroporto de Feira de Santana e sua importância estratégica como alternativa ao de Salvador. Já afirmou que Feira precisa de um aeroporto "de grande porte". Otto está comprando uma briga que pode lhe render enormes dividendos – ele talvez não faça idéia – futuros. Os feirenses saberão reconhecer seu empenho por uma causa que não é só de Feira, mas de uma macro-região e da economia do Estado.
Depois dele, o senador Walter Pinheiro tem se manifestado sempre com muita firmeza sobre o aeroporto de Feira e tem feito esforços políticos importantíssimos, neste sentido. Tal ânimo parece ter contagiado o governador Jaques Wagner, que até já publicou a desapropriação de área de terra suficiente para a ampliação do equipamento.
Otto, Pinheiro e o próprio Wagner são estimulados pela cobrança permanente do deputado estadual Zé Neto, que quer transformar sua passagem pela liderança do Governo em algo que vá além da política e das negociações legislativas: que alcance também objetivos de sua terra natal. Que ele continue em sua cruzada em busca dessas metas.
FONTE:TRIBUNA FEIRENSE
FOTO:JORNALISTA-VALDOMIRO SILVA
