A Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro trabalha com duas hipóteses iniciais --vingança ou crime passional-- na investigação sobre o assassinato do músico Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu, filho do coreógrafo e dançarino Carlinhos de Jesus. A vítima, de 32 anos, foi morta no sábado (19) quando saía de um restaurante em Realengo, na zona oeste da capital fluminense.
Segundo informações de policiais que trabalham no caso, os investigadores estão concentrados na elaboração de um histórico de atividades recentes da vítima a fim de encontrar evidências mais fortes para tais suposições. De acordo com o delegado da DH, Felipe Ettore, as circunstâncias do crime comprovam a ideia de "execução".
"A principal linha de investigação da DH é execução, isso pela ausência de subtração de pertences e pela enorme quantidade de tiros", disse.
A partir desse trabalho de pesquisa e dos depoimentos prestados por testemunhas, a polícia descobriu que Dudu --que era vocalista do grupo Samba Firme-- se envolveu há algum tempo em uma briga com um policial militar (cuja identidade é mantida sob sigilo) durante um evento em Bangu, na zona oeste do Rio. O Disque-Denúncia já recebeu chamadas telefônicas com informações sobre o PM suspeito, que seria um suposto integrante de milícias da região.
A Polícia Civil também apura se o assassinato está ligado a algum relacionamento amoroso de Dudu. Segundo informações da polícia, há chance de que as duas principais hipóteses (vingança e crime passional) estejam conectadas, mas ainda não há indícios que comprovem tal informação.
Durante o enterro da vítima, no último domingo (20), o coreógrafo Carlinhos de Jesus comentou sobre o filho: "Ele só queria tocar, cantar, namorar... E viveu bem".
Amigos da vítima, representantes do estabelecimento e pessoas que estavam no local no momento do crime estão sendo chamados para depor. De acordo com a DH, as imagens de câmeras de circuito interno situados nas proximidades do local do crime não ajudaram nas investigações. "As imagens não mostram nada de relevante", afirmou o delegado Felipe Ettore.
O músico foi enterrado na manhã do domingo (20), no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. Cerca de 200 pessoas, entre amigos, artistas, parentes e profissionais da imprensa compareceram à cerimônia para prestar homenagens a Dudu.
O Disque-Denúncia recebeu até o início da tarde de terça-feira (22) 14 ligações sobre o assassinato do músico. Todas as informações foram passadas para a Divisão de
FONTE:UOL
