DELEGADO JOSÉ CARLOS(FOTO)Uma relação extra conjugal terminou em tragédia em Feira de Santana. O comerciante Fernando Santana Silva, 41 anos, que convivia há cerca de 10 anos com a cabeleireira, Gilma Santos Cruz, 35 anos, foram encontrados mortos por volta das 12h30 deste domingo (29) por vizinhos dentro da casa dela, na rua Francisco Martins da Silva, nº 65, bairro Ponto Central, em Feira de Santana. A suspeita é que Fernando tenha matado a amante e depois se suicidado.
Segundo informações de populares, Fernando chegou á casa da amante por volta das 12h em um veículo Gol placa NTD -1728, que pertence a uma locadora. Ele deixou o carro com as vidraças das portas dianteiras baixas dando a impressão que não iria demorar. Cerca de 30 minutos depois os vizinhos e parentes da cabeleireira que moram próximos ouviram dois disparos dentro da casa. Quando chegaram ao local encontraram a filha do casal de 2 anos chorando bastante e em estado de choque.
O corpo de Fernando estava na porta do quarto da casa com os pés voltados para o corredor. A posição dos corpos e a distância entre a arma e o corpo de Fernando deixaram a equipe de peritos do DPT (Departamento de Polícia Técnica) em dúvida se havia ou não uma terceira pessoa no crime, mas, a hipótese mais provável é de homicídio seguido de suicídio.
O pintor Antonio Santana Silva, irmão de Fernando, disse que esteve com ele pela última vez na noite de sábado (28). Ele contou que o irmão trabalhava como taxista, mas desistiu e agora era sócio da Pizzaria e Restaurante Cantina da Dinha que fica na rua São Domingos, no bairro Capuchinhos. Ele informou que Fernando e Gilma não estavam se entendendo há um mês.
De acordo com Antonio, o irmão mantinha a relação extra conjugal com a cabeleireira com quem já tinha uma filha de 2 anos. Ele confirmou que a menina estava em casa e presenciou a tragédia ficando em estado de choque.
O estudante Marcelo dos Santos Pereira, 17 anos, filho da cabeleireira de um outro relacionamento, afirmou que Fernando matou a mãe dele na presença da irmã. Ele disse ainda que notou que Fernando Santana não estava se entendendo bem com Gilma há duas semanas e que nos últimos 10 dias ele deixou de frequentar a residência.
Marcelo salientou ainda que Fernando apesar de demonstrar ser uma pessoa calma estava sempre de posse de um revólver, provavelmente o que foi usado para a prática do homicídio seguido de suicídio. Ele disse também que em algumas oportunidades Fernando mostrou a arma para ele. "Eu até já peguei na arma para olhar e ele mim disse que homem tem que ter uma arma", afirmou.
O delegado, José Carlos das Neves, plantonista do Núcleo de Homicídios que realizou o levantamento cadavérico do casal, disse que a suspeita inicial é que Fernando Tenha praticado o homicídio e em seguida se suicidado, mas acrescentou ainda que não pode afirmar com tanta certeza por causa das posições em que estavam os corpos e a distância entre o corpo de Fernando e a arma.
Ele informou ainda que quando a Polícia Civil chegou ao local, tomou conhecimento de que outras pessoas já tinham entrado na residência. "Isso pode dificultar o trabalho da perícia", afirmou José Carlos.
Segundo o delegado, a arma usada para o crime foi um revólver calibre 38 encontrado pelos peritos. O mais provável é que Fernando Tenha deflagrado um tiro em Gilma e depois tirado a própria vida. Após o levantamento cadavérico os corpos foram encaminhados ao DPT para necrópsia.
Fotos Ney Silva/Acorda Cidade
