sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
‘Não estamos em clima de comemoração’, diz secretário da Segurança Pública
Os dados da violência na Bahia em 2011, divulgados nesta quinta-feira (26) pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), mostraram reduções e crescimentos, se comparados a 2010, nas diversas modalidades criminosas que são praticadas diariamente em todo o estado. Destaque para a redução de 5,5% no número de homicídios, aumento de 11% no número de roubos a veículos e o crescimento do uso de explosivos em ações contra instituições financeiras baianas, que saltou 512% de 2010 para 2011. De acordo com o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, "não há o que comemorar" quando há o registro de 4.632 pessoas mortas de forma violenta e intencional em 2011. “Nós não estamos em um clima de comemoração. Até porque nós somos cientes das obrigações que nós temos. Quando se fala em perda de vida, não há o que se comemorar. Mas não podemos desconsiderar que nós apresentamos avanços naquilo que mais nos interessava que era a redução do número de homicídios. Nós ficamos satisfeitos em saber que 286 vidas foram preservadas", afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias. Ainda segundo o chefe da pasta, há ainda muito o que fazer. "Dizer que estamos satisfeitos, não estamos satisfeitos, mas estamos cientes que estamos no início de um processo que, pelos primeiros passos apresentados, estamos trilhando o caminho certo”, disse. Perguntado sobre os investimentos do governo do Estado na área para este ano, Barbosa revelou que "jogará a rede" para tentar obter recursos para combater a violência. “A fonte principal é o Tesouro Estadual, e essa é a mais certa. Temos as emendas parlamentares, nós mandamos várias, e algumas são aprovadas e recebemos o dinheiro. Por exemplo, nós temos o projeto para as 12 Bases Comunitárias de Segurança para este ano. Então, eu vou colocar como fonte do Estado, mas ao mesmo tempo jogaremos em uma emenda parlamentar, em um convênio com o BNDES, e, o que vier, sobra dinheiro para investir em outras atividades cotidianas da secretaria”, disse. O secretário afirmou ainda que mesmo com a atual insuficiência de recursos, já há programação para todas as necessidadades da área para os próximos anos. "As demandas são inúmeras, as carência são efetivas. O ideal seria que pudéssemos fazer isso em um, dois anos, mas já que o orçamento não permite, faremos em quatro", explicou. Números têm que ser analisados 'friamente', diz comandante geral da PM.