sábado, 28 de janeiro de 2012
O soteropolitano tem motivos de sobra para estar insatisfeito com o custo de vida da cidade. Não bastasse ter que pagar aos flanelinhas para ir a qualquer restaurante, Salvador está em quinto lugar no ranking das capitais mais caras para se almoçar, com média de R$ 29,26 pela refeição, em pesquisa do instituto Datafolha com a Alelo, administradora de cartões-benefício e cartões pré-pagos. Todos os estabelecimentos entrevistados são credenciados à rede Visa Vale e analisa o custo individual contando prato principal, sobremesa, bebida e café expresso, de segunda à sexta-feira, em 18 capitais. São Luís é a capital mais cara, com média de R$ 36,21 por almoço. Na segunda colocação vem o Rio de Janeiro, com R$ 32,78, seguido de Brasília, R$ 31,77, e Belém, R$ 30,33. Natal, Vitória, São Paulo, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Manaus, Campo Grande e Cuiabá foram consultadas, e a capital do Mato Grosso tem o almoço mais barato, R$ 20,18.
O jogo político dentro do TJ-BA
O Tribunal de Justiça da Bahia é uma casa política, sem, naturalmente, perder o seu foco jurídico. De certa forma, nos colegiados sempre se pratica política pelo poder e disso não escapa o TJ-BA, que se divide claramente em grupos, que acabam por conduzi-lo. Como em todas as esferas, há os que mandam e os que são mandados. Esses últimos passam despercebidos, insípidos e inodoros, quando ocupam, sob comando, o poder. Terminam sendo apenas um mero retrato na parede da galeria dos ex-presidentes. É sempre assim. O Tribunal baiano tem um grupo majoritário, cujas cartas são, ou eram, distribuídas pelo desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, que reina desde que assumiu a presidência, em 2002, ao derrotar o candidato de ACM, Amadiz Barreto que, ao perder, deixou de comparecer ao tribunal até se afastar definitivamente, sem deixar saudades. Cintra fez todos, ou quase todos para que não haja ressentimentos, os presidentes que o seqüenciaram. Sentou praça, então, no Tribunal Regional Eleitoral, de onde foi duas vezes presidente. Sofreu a sua primeira derrota, justo dentro do TRE, com a queda de Daisy Lago, por um voto (18 a 17), para Sara Brito, desembargadora eleita. Nesse episódio, cometeu-se o desatino de tentar impugnar a eleição, recusada pelo pleno do TJ, na sessão de ontem. Daisy nem lá compareceu. Era candidata apoiada por Cintra. A desembargadora Sara tinha o apoio de um grupo, à frente a desembargadora e ex-presidente Silvia Zariff, que, por sua vez, é adversária da presidente Telma Brito, que transfere o posto agora no dia 1º. de fevereiro. Ambas entram em clinch verbal público numa das sessões do pleno, em nível inaceitável, discussão que, aliás, foi gravada, segundo consta. A resposta de Zariff deu-se com a vitória de Sara. O Tribunal Regional Eleitoral, com o resultado, irá fatalmente mudar de cara, porque caberá à desembargadora eleita (deverá ser presidente do colegiado) presidir as eleições municipais e, ainda, possivelmente com o seu grupo de apoio, encaminhar o seu sucessor para presidir as eleições de 2014.
Circulação de jornal impresso cresce 59% na Bahia, segundo IVC
Há quem acredite que tablets como o iPad podem acabar com a circulação de jornais impressos. Se for analisar na Bahia, esses prognósticos são falsos. Pelo menos segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC), responsável pela auditoria de circulação dos 102 jornais filiados ao órgão, que representam 60% dos exemplares que circulam pelo Brasil. Em 2010, 18 jornais de oito estados tiveram exemplares vendidos na Bahia, totalizando uma média diária de 80.228 impressos em circulação. Em 2011, esse número aumentou para 127.818 jornais em circulação, registrando crescimento de 59%. No ranking de 2010, o A Tarde registrou a melhor média diária, 42.048, seguido do Correio, com 34.646. O A Tarde registrou crescimento em 2011 de 8,86% em relação ao ano anterior. No entanto, os números não foram suficientes para manter a liderança, já que o Correio, que passou por reforma no layout em 27 de agosto de 2008, passou a colher os frutos a partir de outubro de 2010, ao ultrapassar o concorrente vespertino naquele mês, apesar de ter terminado atrás na média anual daquele ano. Com o crescimento de 67,62% de 2010 para 2011, o impresso da Rede Bahia foi o responsável por 45,44% de vendas entre os 17 jornais vendidos no ano passado.
Solla defende debate sobre legalização da maconha e restrição da publicidade de bebidas alcoólicas
O secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, considera imprescindível discutir a legalização das drogas no Brasil, apesar de acreditar que ainda não há um cenário que possibilite a implantação da mudança no país. “Hoje nós não temos uma legislação que permita isso e talvez não tenhamos consenso social, mas a primeira coisa que precisamos fazer é desarmar os espíritos e discutir o assunto. As drogas estão presentes de forma tão acentuada na sociedade que ninguém pode se furtar ao debate ou ter preconceito”, afirmou, em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, nesta sexta-feira (27). Para o
secretário, entretanto, é preciso evitar generalizações e tratar cada uma das substâncias de forma distinta. “No caso específico da maconha há evidências de sucesso em alguns países tanto na legalização, quanto na restrição das formas e espaços de consumo. Já em relação ao crack eu não conheço nenhuma experiência nessa direção. São situações e estratégias que precisam ser diferenciadas em função da forma como a droga se dissemina na sociedade, seus impactos sociais e seus danos físicos”, avaliou. Por outro lado, Solla se mostrou preocupado com o crescimento no consumo de drogas lícitas como cigarros, medicamentos e principalmente bebidas alcoólicas. “Temos que fazer uma cruzada para reduzir a propaganda de álcool. Não se pode glamourizar uma coisa que é nociva à saúde, mostrando mulheres bonitas, artistas e jogadores famosos em uma associação direta entre consumo de bebida e sucesso”, ponderou.
FONTE:BAHIA NOTICIAS