quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Plano de suplente para matar deputados não passou de trote, conclui polícia alagoana
Após analisar o material enviado pela Polícia Federal de Pernambuco, a Polícia Civil de Alagoas informou, na tarde desta quarta-feira (11), que o único indício do plano atribuído ao suplente Cícero Ferro para assassinar os deputados estaduais Dudu Holanda e Maurício Tavares é um telefonema anônimo. Não há outras pistas ou provas sobre a trama que gerou muita repercussão na semana passada e até mobilização por parte do governo do Estado para dar segurança às supostas vítimas.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Edson, disse que o telefonema apenas informava sobre um suposto plano de execução, mas não acrescenta maiores detalhes às investigações. “A Polícia de Pernambuco nos enviou a gravação e depois de análises constatamos que se tratava de um telefonema anônimo que não irá favorecer as investigações sobre o caso”, disse.
Em nota oficial divulgada nesta tarde, a Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas colocou panos quentes no polêmico caso classificando a trama como "informações veiculadas na imprensa geral sobre possível atentado contra a vida de dois deputados em Alagoas".
"A instituição esclarece que recebeu a informação por meio da Polícia Federal (PF) e, visando preservar a integridade física dos parlamentares, entrou em contato com um dos deputados visando adotar as devidas precauções", justifica a nota.
O telefonema que seria a prova da trama não foi uma interceptção e, sim, uma ligação anônima - ou mesmo um trote - à Superintendência da PF de Pernambuco. Com isso, a polícia alagoana decidiu esperar "informações mais concretas" para instaurar inquérito, já que se tudo até agora não passou de "caso típico de cogitação".
O caso
As especulações tiveram início após a Superintendência da Polícia Federal de Pernambuco receber a denúncia que acusava Ferro de contratar policiais militares de Pernambuco para assassinar os deputados alagoanos.
As primeiras investigações davam conta de que Dudu Holanda seria assassinado na noite do dia 31 quando saísse de um edifício na orla da Pajuçara. Já Tavares, que estava em Portugal para as comemorações do Réveillon, seria morto logo que retornasse para Alagoas na segunda-feira (2).
Na última semana, o deputado Cícero Ferro, acusado de tramar o plano contra os deputados, negou as acusações em entrevista coletiva e desafiou a polícia alagoana a provar sua participação e mesmo a existência da trama.
fonte:uol