O programa Minha Casa, Minha Vida 2, que promete entregar 2 milhões de casas até 2014, começa a transformar-se no principal projeto da presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta segunda-feira (23), durante a reunião ministerial para discutir as ações do governo para este ano, a mandatária brasileira avisará que pretende priorizar a construção de unidades habitacionais para a faixa de renda de até R$ 1,6 mil, que abrange 60% da meta estipulada (1,2 milhão de unidades) até o fim do seu mandato. Com a percepção de que o Bolsa Família e o Brasil sem Miséria já estão consolidados perante o eleitorado, o Planalto quer transformar o Minha Casa, Minha Vida no grande capital político para as eleições presidenciais de 2014. De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense, Dilma promoveu algumas mudanças administrativas para tornar o processo mais ágil. Esvaziou, por exemplo, a participação do Ministério das Cidades, pasta comandada pelo ministro Mário Negromonte (PP) considerada pela presidente, neste primeiro ano, ineficiente do ponto de vista de execução de programas. A concentração das ações está mais diretamente ligada à Caixa Econômica Federal, que firma os contratos com os futuros proprietários. Dilma também tem com o programa o mesmo cuidado que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha em relação ao Bolsa Família. Lula costumava visitar os beneficiários, perguntar como eles estavam, quais as carências e quais as necessidades de mudanças. Com seu olhar de gestora, Dilma visita as obras e questiona engenheiros e arquitetos envolvidos nos projetos.
